20/09/2024
Saúde

Varíola dos macacos: Queiroga promete chegada de antiviral para enfrentar doença

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu que o Brasil receberá um antiviral para ajudar no enfrentamento da varíola dos macacos, conhecida como monkeypox. O medicamento tecovirimat será enviado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), segundo o ministro. A prioridade será medicar pessoas que têm quadros mais graves da doença.

“O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS, o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, informou Queiroga por meio das redes sociais nesta segunda-feira (1º). Na noite do último domingo, Marcelo Queiroga afirmou que, mesmo antes do primeiro caso de varíola dos macacos no país, o Brasil já estava preparado para enfrentar a doença, “com a capacitação dos centros de vigilância e preparação dos laboratórios para a confirmação do diagnóstico”.

“Caso apresente sintomas, como febre alta e súbita, dor de cabeça e feridas ou lesões no corpo, procure atendimento na Unidade de Saúde mais próxima de sua casa. O SUS está preparado para diagnosticar e tratar a população e estamos empenhados em conter o surto da doença no Brasil, alertou o ministro.

Primeira morte
Na última quinta-feira (28), o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O homem, de 41 anos, passava por um tratamento oncológico e tinha alto grau de imunossupressão. Fábio Baccheretti, secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, detalhou que o homem passava por tratamento oncológico, em função de linfoma, e era imunossuprimido. “É importante destacar que ele tinha comorbidades importantes e graves, severas, para que não leve a um grande alvoroço na população, achando que a letalidade é alta. A letalidade continua sendo muito baixa”, afirmou Baccheretti.

Varíola dos macacos: um breve histórico para entender a doença
Os primeiros casos foram registrados ainda em maio, principalmente na Europa

No dia 19 de maio, os EUA registraram seu primeiro caso; até então não havia indícios da doença na América

Logo no dia 20 de maio foi a vez do primeiro brasileiro diagnosticado com a doença: um jovem que contraiu a doença na Europa, onde vive

O primeiro caso na América Latina, por sua vez, foi registrado na Argentina em 22 de maio

Ainda sem casos, o Brasil teve, em 30 de maio, um jovem vindo da Europa foi o primeiro caso investigado em solo nacional

Tão logo começou a ser investigado o primeiro caso no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país teria vacinas “se houver necessidade”

Mas foi apenas em 8 de junho que um homem em São Paulo foi o primeiro caso confirmado no Brasil

A confirmação do primeiro caso fez a Anvisa soltar uma série de medidas de prevenção; veja quais foram

12 dias após ser internado, o paciente que foi o primeiro caso brasileiro teve alta do hospital

No final de junho, no entanto, as coisas pioraram e a OMS passou a tratar a doença como um surto global

E o surto se confirmou no Brasil: já são mais de mil casos da doença, o que fez o Ministério da Saúde ligar alerta vermelho

O Brasil passou então a negociar a compra de vacinas e a pasta prometeu organizar a vacinação no Plano Nacional de Imunizações (PNI)

Em 29 de junho, menos de um mês após o primeiro caso, o Ministério confirmou a primeira morte pela varíola dos macacos no Brasil, um homem de Uberlândia (MG)

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