Um britânico de 34 anos é o único sobrevivente da queda do voo AI-171 da Air India, que resultou na morte de mais de 240 pessoas nesta quarta-feira (12), em Ahmedabad, no oeste da Índia. A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, caiu poucos minutos após a decolagem rumo a Londres e atingiu uma área residencial próxima ao aeroporto.
Identificado como Vishwash Kumar Ramesh, o passageiro foi resgatado com vida e levado ao hospital com ferimentos moderados. Segundo as autoridades locais, ele teria conseguido sair por uma das saídas de emergência antes da explosão total da fuselagem. “É um caso raro de sobrevivência. Ele está consciente e fora de perigo”, informou um porta-voz do hospital civil de Ahmedabad.
O voo transportava 242 pessoas, sendo 230 passageiros e 12 tripulantes. Entre as vítimas estavam 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. O acidente também causou mortes em solo: ao menos cinco estudantes de medicina que estavam em um alojamento da faculdade atingida pela aeronave.
Investigações e impacto
As causas do acidente ainda são apuradas. De acordo com a Direção Geral de Aviação Civil da Índia, o avião emitiu um alerta de emergência menos de três minutos após a decolagem. A caixa-preta já foi localizada e será analisada por uma equipe conjunta da Índia, Reino Unido, Estados Unidos (NTSB) e representantes da Boeing.
Este é o primeiro acidente fatal envolvendo um Boeing 787 desde a estreia do modelo em 2011. A Air India, controlada pelo grupo Tata, e a Boeing emitiram notas lamentando a tragédia e afirmaram estar colaborando com as autoridades.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, decretou luto oficial de dois dias. O premiê britânico Keir Starmer e o rei Charles III também expressaram solidariedade às famílias das vítimas.