Após dois dias de protestos da torcida, a diretoria do PSG agiu e reforçou a segurança em diversos endereços ligados à equipe profissional. De acordo com a agência “AFP”, o clube aumentou o esquema de proteção em frente ao Camp des Loges, CT onde o time profissional trabalha diariamente, e também nas casas de atletas que foram alvos de reclamações: Neymar, Messi e Verratti.
A agência indica que uma fonte no clube apontou que há a informação de que os ultras desejam repetir os protestos em diversos endereços todas as noites. Por isso, resolveu reforçar o esquema de segurança ao redor de todos que foram alvos de cantos hostis. A diretoria também foi alvo dos torcedores, que pediram a demissão de dirigentes.
Depois de protestar na porta do CT na segunda-feira, um grupo de ultras intensificou na última quarta as reclamações direcionadas a estrelas do elenco. Messi foi alvo de xingamentos em frente à sede do clube, depois de ser suspenso por duas semanas por uma viagem sem autorização à Arábia Saudita. Sobrou também para Neymar, que segue em recuperação de lesão, mas viu ultras irem à porta de sua casa e gritarem: “Vá embora”. O PSG condenou os atos.
O brasileiro comentou duas publicações diferentes no Instagram sobre o protesto na sede do clube e disse que os torcedores do PSG foram até sua casa. Ele também curtiu um post do perfil Fui Clear que critica o clube a torcida, dizendo que Neymar e Messi devem deixar o time. Também no Instagram, Neymar publicou uma frase enigmática na noite desta quarta, após os protestos: “Não deixe as pessoas te colocarem na tempestade delas, coloque-as na sua paz”.
Neymar está se recuperando de cirurgia no tornozelo direito a que foi submetido no início de março. O problema físico tirou o brasileiro da parte final da temporada 2022/23. Há cerca de uma semana, ele voltou ao CT do clube e tirou bota de imobilização. O camisa 10 atua pela equipe desde 2017 e já foi hostilizado pelos torcedores em outros momentos.
Apesar de liderar o Campeonato Francês, com cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o PSG não vive bom momento na temporada. Nos últimos oito jogos, o time somou quatro derrotas, incluindo a última, para o Lorient, no último domingo.
A situação do clube ainda piorou após Lionel Messi viajar à Arábia Saudita sem permissão e ser suspenso por duas semanas pelo PSG. O argentino foi xingado por torcedores nas manifestações em frente à sede do clube.
O PSG ainda não oficializou a suspensão de Messi. Apesar disso, a equipe treinou nesta quarta-feira sem o argentino, que ficará duas semanas sem jogar e entrar no CT da equipe. Ele também não receberá o salário neste período.
A imprensa europeia já dá como certa a saída do camisa 30. Tanto da parte do Paris Saint-Germain, quanto da parte do atleta, a renovação não é mais uma opção e Messi seguirá outro caminho a partir da próxima temporada. Barcelona, Al-Hilal e Inter Miami são possíveis destinos.
PSG condena os atos
Em comunicado oficial divulgado horas depois dos registros, o clube repudiou os protestos. Confira a tradução da íntegra do posicionamento:
“O Paris Saint-Germain condena nos termos mais veementes as ações intoleráveis e insultuosas de um pequeno grupo de indivíduos, ocorridas nesta quarta-feira.
Quaisquer que sejam as diferenças, nada pode justificar tais atos. O Clube dá o seu total apoio aos seus jogadores, à sua direção e a todos os que são afetados por estes comportamentos vergonhosos.”