Diferente de grande parte do mundo, onde o Dia dos Namorados é celebrado em 14 de fevereiro, o Brasil comemora a data em 12 de junho. A escolha do dia tem raízes históricas e comerciais, e está diretamente ligada a uma estratégia de marketing criada nos anos 1940, com inspiração religiosa.
A origem brasileira da data remonta a 1948, quando o publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Jr., foi contratado por uma loja da capital paulista para impulsionar as vendas no mês de junho, considerado fraco para o comércio. A solução encontrada foi criar uma data comemorativa voltada aos casais, seguindo o modelo do Valentine’s Day, celebrado em países como Estados Unidos, Inglaterra e Itália.
O dia 12 de junho foi escolhido por ser véspera do dia de Santo Antônio, conhecido no Brasil como o “santo casamenteiro”. Popular entre os católicos, especialmente entre mulheres que desejam se casar, o santo é celebrado em 13 de junho, o que ajudou a fortalecer o apelo afetivo e romântico da campanha.
A primeira propaganda da nova data usava o slogan: “Não é só com beijos que se prova o amor”, incentivando a troca de presentes. A ação publicitária foi bem-sucedida e rapidamente adotada por lojistas em todo o país, consolidando o 12 de junho como o Dia dos Namorados no Brasil.
Apesar de ter começado como uma iniciativa comercial, a data ganhou relevância cultural e emocional, tornando-se um dos principais momentos do calendário varejista nacional, ao lado do Natal e do Dia das Mães.
Hoje, casais de todo o Brasil comemoram a data com jantares, viagens, flores e presentes, celebrando o amor em suas diversas formas — e impulsionando significativamente a economia, especialmente nos setores de comércio, turismo e gastronomia.