A partir da próxima segunda-feira (17), a Polícia Militar de São Paulo poderá bloquear remotamente celulares Android roubados ou furtados no estado. A medida faz parte de uma parceria inédita com o Google, anunciada durante o evento “Google for Brasil 2025”, realizado nesta semana na capital paulista.
A iniciativa permitirá que os policiais, durante o atendimento a vítimas, bloqueiem imediatamente o aparelho por meio do número de telefone, desde que o recurso de bloqueio remoto esteja previamente ativado no dispositivo. O sistema utiliza a funcionalidade “Bloqueio Remoto”, lançada pelo Google em 2024, que impede o uso do celular até que a senha, PIN ou padrão do dono seja inserido.
O bloqueio é realizado via aplicativo “Google Localizar Meu Dispositivo”, que foi adaptado para uso pelas forças de segurança e funciona dentro do sistema Android Enterprise. Para que o procedimento funcione, o celular precisa estar conectado à internet e com a função de localização ativada.
Além da parceria com a PM, o Google anunciou que o Brasil será o primeiro país onde novos dispositivos Android virão com o recurso de bloqueio remoto ativado por padrão. Outra funcionalidade que será incorporada é o “Bloqueio de Detecção de Roubo”, que usa inteligência artificial para identificar movimentações típicas de crimes — como corridas ou arrancadas bruscas — e trava automaticamente a tela do aparelho.
Segundo o Google, os testes dessas funcionalidades começaram no Brasil no ano passado, diante dos altos índices de furto e roubo de celulares. A empresa afirmou que os dados do país foram essenciais para desenvolver ferramentas mais eficazes de proteção aos usuários.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo comemorou a iniciativa, destacando que o bloqueio imediato do aparelho pode reduzir consideravelmente o valor de revenda no mercado ilegal, o que tende a desestimular a prática criminosa. A parceria ainda prevê treinamentos para policiais e campanhas educativas para que os cidadãos mantenham os recursos de segurança ativados.