30/05/2025
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MC Poze do Rodo é preso por apologia ao crime e ligação com o tráfico no Rio de Janeiro

O cantor de funk MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi preso na manhã desta quinta-feira (29) em sua residência no bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil, durante uma operação que investiga o envolvimento do artista com o tráfico de drogas e a apologia ao crime organizado.

De acordo com as investigações, MC Poze estaria ligado à facção criminosa Comando Vermelho, realizando apresentações exclusivamente em áreas dominadas pelo grupo, sob forte presença de criminosos armados. As autoridades também apontam que o conteúdo de suas músicas faz apologia ao tráfico, ao uso de armas e incita confrontos entre facções, contribuindo para a escalada da violência em comunidades do Rio.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, a polícia apreendeu diversos itens de alto valor na residência do cantor, incluindo uma BMW X6 vermelha avaliada em mais de R$ 1 milhão — registrada como preta no sistema do Renavam — além de joias, relógios de luxo, celulares e outros dispositivos eletrônicos.

Em nota, a equipe de MC Poze do Rodo repudiou a ação e afirmou que o cantor é alvo de preconceito e perseguição. “Poze é um artista que venceu na vida por meio da música e vem sendo criminalizado por representar a cultura das favelas”, diz o comunicado publicado nas redes sociais. A defesa também reforçou que irá tomar todas as medidas jurídicas cabíveis.

Esta não é a primeira vez que o funkeiro se envolve em controvérsias. Em 2019, ele chegou a ser detido durante um baile no Mato Grosso por tráfico e apologia ao crime. Em 2024, foi alvo de outra operação que investigava fraudes em sorteios de rifas nas redes sociais, ocasião em que também teve bens de luxo apreendidos.

A prisão de MC Poze é temporária, mas a Polícia Civil informou que as investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e possíveis financiadores dos eventos promovidos nas comunidades. Segundo os investigadores, a liberdade artística não pode ser usada como escudo para práticas criminosas.

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