A Prefeitura de Araras, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, divulgou nesta semana que mais de 98% dos casos de dengue registrados no município são autóctones — ou seja, foram contraídos na própria cidade. A informação foi confirmada no último boletim epidemiológico do Setor de Controle de Endemias.
De acordo com o levantamento, Araras soma atualmente 2.380 casos positivos de dengue, sendo 2.352 autóctones (98,82%) e apenas 28 importados (1,18%), estes últimos de pessoas que contraíram a doença fora do município.
Na atualização mais recente, foram contabilizados 227 novos casos em apenas uma semana, o que reforça o estado de emergência sanitária enfrentado pela cidade. “Nossa cidade está em situação de emergência e, por isso, precisamos da ajuda de todos para combater os focos do Aedes aegypti”, alertou a coordenadora do Setor de Endemias, Luciana Bianco.
Região norte concentra maior número de casos
O boletim detalha ainda a distribuição dos casos por regiões da cidade. A zona norte concentra o maior número de registros, com 509 casos (21,4%), seguida por:
- Região sul – 341 casos (14,3%)
- Nordeste – 294 casos (12,3%)
- Leste 1 – 283 casos (11,9%)
- Sudeste – 225 casos (9,4%)
- Oeste – 223 casos (9,4%)
- Sudoeste – 198 casos (8,3%)
- Leste 2 – 186 casos (7,8%)
- Região central – 85 casos (3,6%)
- Zona rural – 35 casos (1,5%)
Sete mortes confirmadas e quatro em investigação
O boletim também traz dados preocupantes sobre a gravidade da epidemia: até o momento, sete mortes por dengue foram confirmadas em Araras e outras quatro estão em investigação. Além disso, há 11 pessoas internadas e 172 moradores aguardam o resultado de exames.
Em comparação com anos anteriores, o número de casos já ultrapassou o total registrado em 2024, quando foram contabilizados 1.842 casos. O pior ano da série histórica permanece sendo 2022, com 2.942 casos e quatro óbitos.
Sintomas e alerta para a população
A Secretaria de Saúde reforça que os sintomas da dengue costumam aparecer de forma repentina e duram entre cinco a sete dias, podendo se manifestar de três a 15 dias após a picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sinais de alerta são:
- Febre alta com início súbito (entre 39º a 40ºC)
- Forte dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento ocular
- Manchas e erupções na pele, geralmente acompanhadas de coceira
- Cansaço extremo e moleza
- Dores intensas nos ossos, músculos e articulações
- Náuseas, vômitos e tontura
- Perda de apetite e paladar
Em caso de sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica e evitar a automedicação.
A Prefeitura reforça o pedido para que a população colabore na eliminação de criadouros do mosquito, como recipientes que acumulam água parada, vasos de plantas, pneus, calhas e caixas d’água destampadas.