01/05/2025
Política

Lula evita atos do 1º de Maio e opta por pronunciamento para evitar novo constrangimento após evento esvaziado em 2024

Neste 1º de Maio de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não participar dos tradicionais atos públicos em comemoração ao Dia do Trabalhador, optando por permanecer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

A decisão ocorre um ano após o evento de 2024, realizado no estacionamento da Neo Química Arena, em São Paulo, ter registrado baixa adesão, com cerca de 1.600 participantes, e ter sido alvo de críticas do próprio presidente à organização do ato.

Para marcar a data, Lula gravou um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, transmitido na noite de 30 de abril. Na fala, o presidente destacou a importância de equilibrar a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores e anunciou que o governo iniciará discussões sobre a proposta de fim da jornada de trabalho no modelo 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso), uma das principais reivindicações das centrais sindicais.

A ausência de Lula nos atos presenciais também é atribuída à preocupação com possíveis constrangimentos diante de públicos reduzidos, como ocorreu no ano anterior. Além disso, o governo enfrenta pressões relacionadas a denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que poderia gerar críticas adicionais durante os eventos.

Em São Paulo, as centrais sindicais organizaram eventos separados: a Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central e Pública realizaram um ato na Praça Campo de Bagatelle, enquanto a CUT promoveu uma celebração em São Bernardo do Campo, berço político de Lula. Para atrair público, os eventos contaram com shows musicais e sorteios de prêmios.

A decisão de Lula de não comparecer aos atos presenciais reflete uma estratégia de evitar desgastes políticos e reforçar a comunicação direta com a população por meio de pronunciamentos oficiais. Enquanto isso, as centrais sindicais continuam a pressionar o governo por avanços nas pautas trabalhistas, como a redução da jornada de trabalho e a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

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