A Justiça de Rio Claro (SP) converteu a prisão em flagrante de José Cláudio da Cruz Marreiro em liberdade provisória, durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (4).
Ele dirigia embriagado na tarde do domingo (3) quando causou o acidente que matou o policial militar reformado Marcelo Aparecido Santos e sua esposa, Irene Santos.
O casal pegava água em uma bica às margens da Rodovia Wilson Finaldi (SP-191), em Rio Claro, quando foi atingido pelo carro desgovernado. Depois do acidente, Marreiro havia sido preso em flagrante.
O teste do etilômetro apontou 0,54 mg de álcool por litro de ar alveolar e ele admitiu aos policiais que tomou “3 ou 4 cervejinhas” no horário do almoço.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a liberdade provisória foi determinada com a imposição das seguintes medidas cautelares:
proibição de ausentar-se da comarca de Rio Claro;
mudar de endereço sem comunicar o juízo responsável.
Sinais de embriaguez
De acordo com a polícia, enquanto aguardava para ser ouvido, ainda no domingo (3) o motorista estava sonolento e cochilando, “indicando estar com sua capacidade psicomotora alterada”.
O motorista foi submetido ao teste do etilômetro que apontou 0,54 mg de álcool por litro de ar alveolar. Segundo a Polícia Rodoviária, a tolerância é de 0 álcool para dirigir, porém existe a consideração de margem do equipamento de até 0,04mg de álcool por litro de ar.
Depois disso o motorista é penalizado nos seguintes itens do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
De 0,04 até 0,33 é considerado infração gravíssima: multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 1 ano;
De 0,34 para cima: além da multa no valor de R$ 2.934,70, existe o crime de trânsito que é uma infração penal, que coloca em risco a vida do motorista e das demais pessoas numa via pública.
O crime foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor (um ato sem intenção, mas com irresponsabilidade), com a qualificadora de dirigir sob a influência e álcool.
O acidente
O acidente aconteceu por volta das 17h do domingo (3), no km 073-200 da pista Oeste, sentido Araras/Rio Claro. As vítimas estavam pegando água em uma bica, no acostamento da rodovia, quando foram atingidas por um carro modelo Polo.
De acordo com a polícia, o motorista preso dirigia um carro modelo Polo quando perdeu o controle da direção e bateu contra um Kadett que estava parado no acostamento.
O casal que estava fora do veículo foi atingido. O homem, um PM reformado, morreu no local do acidente. A esposa dele morreu horas depois no hospital.
Segundo a Polícia Rodoviária, próximo ao Kadett foi localizado um revólver calibre 38 municiado e uma Autorização para Porte de Arma de Fogo de Inativos da P, Foi constatado que a vítima era policial reformado que trabalhava no 37° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI).
De acordo com a concessionária Arteris Intervias, que administra o trecho da rodovia, o motorista e uma mulher que estavam no Polo também ficaram feridos. Eles foram levados para a Santa Casa de Rio Claro. A mulher teve alta na manhã desta segunda-feira (4).