14/06/2025
Mundo

Irã lança ataque com mísseis contra todo o território de Israel em retaliação a bombardeios

O governo do Irã lançou, na noite desta quinta-feira (13), um ataque de larga escala com mísseis balísticos e drones contra o território de Israel. A ofensiva, batizada de “Operação Promessa Verdadeira III” pela Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), é uma retaliação direta aos bombardeios israelenses realizados no início da semana contra instalações nucleares e alvos militares em solo iraniano.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), centenas de projéteis foram lançados, atingindo diversas regiões do país, incluindo áreas densamente povoadas como Tel Aviv e Jerusalém. Os sistemas de defesa aérea israelenses — como o Iron Dome, David’s Sling e Patriot — conseguiram interceptar a maioria dos mísseis, mas algumas áreas sofreram impactos diretos.

O serviço de emergência Magen David Adom confirmou que ao menos 63 pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado crítico. Vídeos registrados por civis e emissoras locais mostram explosões no céu, sirenes de alerta e moradores buscando abrigo. Um repórter da Fox News precisou interromper uma transmissão ao vivo devido à proximidade de mísseis em Tel Aviv.

Em pronunciamento oficial, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como “uma resposta legítima a agressões inaceitáveis” e prometeu novas ações caso Israel prossiga com ofensivas em solo iraniano. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está “pronto para continuar se defendendo” e advertiu que o ataque iraniano “não ficará sem resposta”.

Estados Unidos e aliados ocidentais confirmaram apoio à defesa israelense, mas negaram participação nos ataques anteriores ao Irã. A comunidade internacional, incluindo ONU e União Europeia, manifestou preocupação com o risco de escalada no Oriente Médio e convocou reuniões emergenciais para tratar do conflito.

O ataque desta quinta é considerado o maior já realizado pelo Irã contra Israel. Especialistas alertam para o risco de uma guerra regional ampliada, envolvendo aliados iranianos como Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen, que já demonstraram apoio público à retaliação.

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