29/05/2025
Destaque Saúde

Influenza A supera covid e lidera mortes em idosos por síndrome respiratória grave no Brasil, alerta Fiocruz

A influenza A superou a covid-19 e se tornou a principal causa de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos no Brasil. O alerta foi divulgado no mais recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado em 15 de maio de 2025.

De acordo com o levantamento, dos 56.749 casos de SRAG registrados no país neste ano epidemiológico, 46,5% apresentaram resultado positivo para algum vírus respiratório, 38,5% foram descartados e 8,7% seguem em investigação laboratorial. Entre os casos confirmados, 15,3% foram provocados pela influenza A — percentual que subiu para 30,1% nas quatro semanas mais recentes.

Nos óbitos com resultado positivo para vírus respiratórios, a influenza A aparece como causa em 63,7% dos casos, ultrapassando a covid-19, que até então liderava esse índice entre a população idosa.

O coordenador do InfoGripe, pesquisador Marcelo Gomes, reforça a preocupação com o avanço da doença. “A situação chama a atenção, especialmente pela intensidade da circulação do vírus influenza A, que está impactando principalmente os idosos, mas também as crianças pequenas”, afirmou, em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

Atualmente, 14 capitais estão em nível de alerta, risco ou alto risco para a SRAG, com tendência de crescimento: Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina e Vitória.

Em algumas regiões, como o estado do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação dos leitos de UTI ultrapassa 85%, levando hospitais a abrirem alas extras antes mesmo da chegada do inverno.

O aumento dos casos e das mortes por influenza A reforça a importância da vacinação, especialmente entre os grupos prioritários, como idosos, gestantes, crianças de seis meses a cinco anos e pessoas com comorbidades.

“É fundamental que a população busque a vacinação. A gripe não é uma doença leve, pode levar a quadros graves e à morte, especialmente entre os mais vulneráveis”, alerta Gomes.

Além da vacinação, as autoridades de saúde recomendam o uso de máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração, higienização constante das mãos e a busca por atendimento médico aos primeiros sinais de sintomas respiratórios.

 

Fontes: 

 

 

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