Celebrado em 13 de junho, Santo Antônio é um dos santos mais populares do calendário católico e conhecido em todo o Brasil como o “santo casamenteiro”. A data marca o dia de sua morte, ocorrida em 1231, em Pádua, na Itália. Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, e foi canonizado apenas um ano após sua morte, sendo reconhecido por sua pregação, caridade e por milagres atribuídos à sua intercessão.
A fama de casamenteiro surgiu ainda na Idade Média, quando o frade franciscano passou a ser associado à reconciliação de casais e à formação de novos laços amorosos. Com o tempo, a devoção se espalhou e deu origem a diversas simpatias populares que persistem até hoje — como colocar a imagem do santo de cabeça para baixo, esconder o Menino Jesus que ele carrega ou buscar a sorte no tradicional “bolo de Santo Antônio”, que costuma conter medalhinhas escondidas. Quem encontra, segundo a crença, está com o casamento próximo.
No Brasil, a ligação do santo com o amor romântico ganhou ainda mais força a partir de 1949, quando o publicitário João Doria (pai do ex-governador de São Paulo) criou o Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho — justamente na véspera da data dedicada ao santo. A estratégia visava impulsionar o comércio com apelo religioso e afetivo.
As celebrações do Dia de Santo Antônio incluem missas, procissões, quermesses e a distribuição do “pão de Santo Antônio”, considerado símbolo de fartura e bênçãos. Em cidades como Lisboa, capital portuguesa, a tradição inclui até casamentos comunitários com dezenas de noivas, iniciativa que foi adotada também em algumas regiões brasileiras.
Além da fama como santo do amor, Santo Antônio é reconhecido pela Igreja Católica como padroeiro dos pobres e dos objetos perdidos, sendo invocado em pedidos de ajuda material, emprego e reencontros. Entre os fiéis, é comum ouvir a expressão: “Santo Antônio, Santo Antônio, me ajuda a encontrar o que está perdido”.
O Dia de Santo Antônio também inaugura oficialmente o ciclo das festas juninas, que segue com as homenagens a São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho), reforçando o sincretismo entre fé, cultura popular e celebração no mês mais festivo do calendário tradicional brasileiro.