Em uma decisão histórica, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8 de maio de 2025) como o novo Papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV. Ele se torna o 267º pontífice da história e o primeiro nascido nos Estados Unidos a liderar a Igreja.
Eleição rápida e simbólica
O conclave, iniciado em 7 de maio com a participação de 133 cardeais eleitores, alcançou consenso no quarto escrutínio, realizado no segundo dia de votações. A tradicional fumaça branca surgiu às 18h08 (horário local) da chaminé da Capela Sistina, sinalizando a escolha do novo Papa. Pouco depois, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti anunciou ao mundo: “Habemus Papam”.
Trajetória internacional e pastoral
Nascido em Chicago em 14 de setembro de 1955, Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote em 1982. Sua carreira missionária destacou-se no Peru, onde atuou como pároco, professor de seminário e, posteriormente, como bispo de Chiclayo. Em 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão responsável pela nomeação e supervisão de bispos em todo o mundo.
Desafios e expectativas
A eleição de um Papa norte-americano representa uma mudança significativa na liderança da Igreja Católica. Leão XIV herda os desafios enfrentados por seu antecessor, incluindo a promoção da unidade dentro da Igreja, a luta contra a corrupção e a abordagem de questões sociais contemporâneas. Sua experiência internacional e perfil pastoral sugerem uma continuidade com as reformas iniciadas por Francisco.
Em seu primeiro pronunciamento como Papa, Leão XIV expressou gratidão e humildade, destacando seu compromisso com a paz e a unidade global.
A escolha do nome Leão XIV remete a uma tradição de papas que buscaram reformas e enfrentaram desafios significativos, evocando a liderança de Leão XIII, conhecido por sua encíclica Rerum Novarum, que abordou questões sociais e trabalhistas no final do século XIX.
Com sua eleição, Leão XIV inicia um novo capítulo na história da Igreja Católica, trazendo uma perspectiva americana à liderança espiritual de mais de 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo.