O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, propondo um salário mínimo de R$ 1.630 a partir de janeiro do próximo ano. O valor representa um aumento nominal de R$ 112, ou 7,37%, em relação ao piso atual de R$ 1.518.
O reajuste segue a fórmula estabelecida pelo novo arcabouço fiscal, que limita o ganho real do salário mínimo a 2,5% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A estimativa atual para o INPC é de 4,76% para os 12 meses encerrados em novembro de 2025.
O valor final do salário mínimo será confirmado após a divulgação do INPC de novembro, conforme determina a legislação vigente.
O PLDO também apresenta projeções para o salário mínimo nos anos seguintes: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. Essas estimativas são preliminares e poderão ser revisadas nos PLDOs dos próximos anos.
Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 400 milhões no orçamento federal. Isso se deve ao fato de diversos benefícios e programas sociais, como aposentadorias, pensões, abono salarial e seguro-desemprego, serem atrelados ao valor do mínimo.
O projeto da LDO será analisado pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Plenário do Congresso Nacional até o dia 17 de julho. O relator da proposta é o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
A proposta do novo salário mínimo faz parte das diretrizes para o orçamento federal de 2026, que também prevê um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).