Em um desdobramento significativo na região, o governo de Israel aprovou, nesta sexta-feira (18), um acordo de cessar-fogo mediado por autoridades internacionais. Segundo informações divulgadas pelo jornal Haaretz, a trégua terá início no próximo domingo, quando grupos militantes deverão começar a libertar os reféns capturados durante os recentes conflitos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou o avanço das negociações em um pronunciamento oficial. “Nossa prioridade é garantir o retorno seguro de nossos cidadãos e proteger nosso povo”, declarou. O premiê também enfatizou que o acordo foi articulado com apoio de mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos, e inclui garantias para ambas as partes envolvidas no conflito.
Detalhes do acordo
Conforme divulgado pela agência de notícias Reuters, o acordo prevê a libertação gradual de pelo menos 50 reféns civis israelenses, incluindo mulheres e crianças, em troca de uma trégua de quatro dias. Durante este período, Israel deverá suspender as operações militares em determinadas regiões da Faixa de Gaza.
Além disso, organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha e as Nações Unidas, estarão envolvidas no processo para garantir a segurança e bem-estar dos civis libertados. A trégua também abrirá uma janela para o envio de suprimentos médicos e alimentos para áreas severamente atingidas pelos ataques.
Reações internacionais
Líderes globais têm saudado o acordo como um passo crucial para aliviar o sofrimento humanitário e pavimentar o caminho para negociações mais amplas. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu a decisão como “uma oportunidade de salvar vidas e dar esperança às famílias”.
Por outro lado, ativistas alertam que o cessar-fogo é temporário e pode não resultar em um fim duradouro para as hostilidades. “Embora seja um avanço, a situação exige esforços contínuos para uma solução pacífica e abrangente”, destacou António Guterres, secretário-geral da ONU.
Contexto
O conflito entre Israel e grupos militantes na Faixa de Gaza se intensificou nas últimas semanas, resultando em centenas de mortes e deslocamentos em massa. Segundo o Ministério da Saúde palestino, mais de 10 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva israelense em resposta aos ataques do Hamas, que também causaram perdas significativas em território israelense.
Especialistas avaliam que o cessar-fogo representa uma pausa crucial para as populações afetadas, mas ressaltam a necessidade de um diálogo político para abordar as causas subjacentes do conflito.
Fontes: Haaretz, Reuters, BBC News, Al Jazeera.