O governo federal aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As mudanças começaram a valer no dia 23 de maio de 2025 e impactam diretamente quem realiza operações de câmbio, empréstimos, financiamentos, compras internacionais e previdência privada.
O objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, é aumentar a arrecadação e auxiliar no equilíbrio das contas públicas. No entanto, o impacto chega diretamente ao bolso de quem depende de crédito ou faz transações internacionais.
O que é o IOF?
O IOF é um imposto federal que incide sobre operações como crédito, câmbio, seguros e investimentos. Além de função arrecadatória, também é usado como ferramenta de controle da economia, podendo ter suas alíquotas alteradas pelo governo de acordo com o cenário econômico.
O que muda com o aumento do IOF?
- Cartões internacionais: IOF sobe de 3,38% para 3,5% em compras feitas no exterior, tanto no crédito quanto no débito e cartões pré-pagos.
- Compra de moeda estrangeira e remessas: Alíquota passa de 1,1% para 3,5%, elevando o custo para quem compra dólar, euro e outras moedas, além de transferências internacionais.
- Transferências para terceiros no exterior: A alíquota sobe de 0,38% para 3,5%.
- Operações de crédito: O IOF anual para empresas passa de 1,88% para 3,95%. Para empresas do Simples Nacional, sobe de 0,88% para 1,95%.
- Previdência privada (VGBL): Aportes mensais acima de R$ 50 mil passam a ter IOF de 5%.
- Investimentos no exterior: Após críticas do mercado, o governo recuou e manteve a alíquota em 0%, sem aumento.
Como o aumento do IOF impacta no dia a dia?
O impacto é direto. Quem vai viajar, comprar moeda estrangeira ou pagar despesas no exterior vai gastar mais. Operações de crédito, como empréstimos e financiamentos, ficam mais caras tanto para pessoas físicas quanto para empresas.
Especialistas apontam que a mudança também pode refletir no preço de produtos importados e em custos de empresas que dependem de insumos do exterior.
O que não mudou?
Investimentos em renda fixa no Brasil, como CDBs, LCIs e LCAs, não foram impactados, desde que o resgate seja após 30 dias — o que isenta de IOF.
Conclusão
As novas regras já estão valendo e devem gerar impacto tanto no orçamento das famílias quanto nos custos das empresas. A recomendação é que consumidores e empresários fiquem atentos, avaliem os custos antes de contrair crédito ou fazer operações no exterior, e, se possível, antecipem planejamentos financeiros para evitar surpresas.