27/04/2024
Destaque Polícia

Fotos: Familiares e amigos fazem manifesto em Araras pedindo justiça por morte de Bruna Angleri

Cartazes, camisetas brancas, bexigas e um único pedido: justiça por Bruna! Assim foi a manhã do domingo (1º) de dezenas de pessoas que, indignadas, foram para as ruas de Araras (SP) pedirem respostas às autoridades pelo assassinato da dentista Bruna Angleri, de 40 anos, que foi morta de forma brutal na quarta (27).

A morte da dentista chocou a cidade do interior paulista que tem pouco mais de 130 mil habitantes. Bruna foi violentamente agredida no rosto, antes de ser carbonizada na casa em que morava. Até o momento, ninguém foi preso e o ex-namorado da vítima é o principal suspeito do crime.

“A passeata foi organizada pelos amigos dela. A Bruna era uma pessoa muito querida, muito amada por todo mundo, ela era uma menina que não tinha maldade nenhuma, ela era muito ingênua, então a gente espera que a Justiça seja feita!”, disse a cunhada de Bruna, Samira Angleri.

Manifestação
Ao lado dos pais da dentista, que estavam muito abalados, os manifestantes se concentraram em frente a basílica Nossa Senhora do Patrocínio, no Centro, e caminharam até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Durante o percurso, eles pediram por justiça, bateram palmas e cantaram músicas que a dentista gostava.

Após tocar “Estrelinha”, hit de Marília Mendonça, a mãe de Bruna precisou ser carregada pelo filho mais novo por não se sentir bem. Depois de alguns minutos, ela continuou o percurso até a delegacia.

Na chegada à DDM, uma amiga de Bruna e organizadora do ato pediu uma resposta às autoridades. “A gente precisa acreditar na Justiça, acreditar que as autoridades vão tomar alguma providência, que a gente vai ter uma resposta urgente, que o culpado seja preso o mais rápido possível. Todo mundo que está aqui, exige essa resposta, exige isso das autoridades, por isso que a gente veio até aqui, em frente à Delegacia da Mulher, pedindo respostas por um crime hediondo, por um crime absurdo e que a gente não vai se calar”, disse Milena Marostica.

No fim do ato, a amiga pediu que todos cantassem juntos “É o Amor” da dupla Zezé di Camargo & Luciano, música favorita da dentista.

Delegacia de Polícia
Após o encerramento do ato, a família e alguns manifestantes seguiram para a porta da Delegacia de Polícia na Avenida Dona Renata. Eles pediram a presença do delegado, a prisão do suspeito e, novamente, justiça pela morte da dentista Bruna. Motoristas que passavam de carro, buzinaram como forma de apoio aos que estavam protestando.

Depois de alguns minutos, os pais da vítima, acompanhados do novo advogado de defesa, Daniel Salviato, entraram no prédio para conversarem com o delegado plantonista. Salviato irá atuar como assistente de acusação e irá auxiliar a Polícia Civil e o Ministério Público na colheita de provas.

“A gente auxilia a família juntamente ao delegado e ao MP na colheita probatória. Já estão sengo angariadas novas provas, a gente acredita que logo mais já tenha o indiciamento do suposto autor e eventualmente a gente requer que seja feita a prisão temporária. Também vamos pedir a mudança da tipificação, de homicídio para feminicídio qualificado”, disse.

O crime
Segundo a Polícia Militar, a mãe da dentista estranhou que a filha não dava notícias. Diante disso, ela foi até a casa e encontrou o quarto do imóvel em chamas.

A mãe chamou o Corpo de Bombeiros que controlou o fogo e identificou o corpo da dentista carbonizado. O corpo dela foi encaminhado ao IML de Limeira, liberado para o velório, mas depois precisou voltar para o órgão para passar por novos exames

Segundo o delegado Tabajara Zuliani dos Santos, a polícia aguarda o resultado de um exame necroscópico para saber exatamente como a vítima morreu. “Ela foi severamente agredida. O rosto estava completamente deformado por fraturas. Tinha uma costela fraturada”, contou o delegado.

A Polícia Civil informou que trabalha com várias possibilidades e versões.

 

Por Ana Marin G1/São Carlos

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