Um estudo publicado na revista científica Jama Neural monstra que um simples exame de sangue pode ser a chave para um diagnóstico precoce do Alzheimer mais barato e eficaz!
Segundo o estudo, uma amostra de sangue daria para identificar a proteína chamada tau fosforilada, ou p-tau no cérebro, associada ao acúmulo cerebral característico da doença nos pacientes, com até 97% de precisão.
Essas alterações podem acontecer 20 anos antes do início dos primeiros sintomas evidentes e com resultados mais acessíveis seria mais fácil tratar a doença precocemente.
Alzheimer e demência
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro e causa perda de memória, dificuldades cognitivas e alterações no comportamento.
Essa doença é a forma mais comum de demência, um grupo de distúrbios cerebrais que afetam a capacidade de pensar, lembrar e realizar atividades diárias.
Os pesquisadores acreditam que são as aglomerações e emaranhados formados pela p-tau que pressionam o cérebro e levam a inflamações ao órgão, desencadeando os sintomas.
Como ter diagnóstico precoce
Com mais de 55 milhões de pessoas no mundo afetadas por essa condição, o diagnóstico confiável ainda é um desafio para a ciência.
Já é possível identificar o acúmulo de p-tau no cérebro com tomografia cerebral e punção lombar, mas são procedimentos mais complexos e caros.
Normalmente os médicos também analisam os sintomas do paciente e fazem alguns exames para descartar outras causas.
Mas como os testes não são muito precisos, é complicado identificar a doença logo no início.
Isso significa que as poucas opções de tratamento que temos não podem ser usadas logo no começo, quando seriam mais eficazes. Daí a importância desse novo exame de sangue.
Resultados da pesquisa
Para esta pesquisa, foram feitos testes com 786 voluntários, tanto com pessoas com declínio cognitivo quanto aqueles sem essa condição.
Os resultados, comparados aos métodos tradicionais, foram capazes de apontar a proteína com 97% de precisão.
O exame ainda conseguiu diagnósticos definitivos em 80% dos casos.
A perspectiva é que, no futuro, todos os adultos acima de 50 anos possam realizar esse exame durante check-ups para facilitar o diagnóstico de doenças neurodegenerativas.
Fonte: sonoticiaboa.com.br