22/11/2024
Esportes Mundo

Espanha afasta zebra e massacra a Costa Rica na estreia da Copa

A Espanha fez, disparadamente, a melhor atuação de seleção até agora nesta Copa do Mundo na goleada por 7 a 0 sobre a Costa Rica, a maior desta edição até agora, na tarde desta quarta (23), pela primeira rodada do Grupo E. Com linhas altas, trocas de passes no campo de ataque e gols de Dani Olmo, Asensio, Ferrán Torres, duas vezes, Gavi, Soler e Morata, a “Fúria” se impôs diante de um adversário fraco, sem dar chances para mais uma zebra no torneio.

Com o resultado, a seleção espanhola assume a liderança da chave, com os mesmos três pontos do Japão, que mais cedo venceu a Alemanha, mas à frente pelo saldo de gols. A Costa Rica fica na lanterna, também pelo saldo. Na próxima rodada, Espanha e Alemanha se enfrentam, às 16h de domingo, com possibilidade de eliminação dos alemães em caso de derrota. No mesmo dia, às 7h, a Costa Rica encara o Japão.

O jogo começou como esperado: a Espanha mantinha a posse e controlava as ações ofensivas. Aos quatro minutos, Dani Olmo quase abriu o placar após cruzamento para a área. Em seguida, aos oito, Pedri deu belo passe para Asensio, que chutou para fora.

Mas a pressão logo se transformou em gol. Aos 10 minutos, depois de bela troca de passes em frente à defesa costa-riquenha, Gavi encontrou Dani Olmo na área. O atacante do RB Leipzig dominou bonito e encobriu Keylor Navas para abrir o placar e marcar o 100º gol da Fúria em Copas.

Mesmo após o gol, a Espanha manteve o ritmo e a marcação adiantada, no campo de ataque, dificultando a saída de bola da Costa Rica. A intensidade espanhola valeu mais um gol aos 20 minutos. Busquets lançou Jordi Alba, que cruzou rasteiro e Marco Asensio bateu bonito, de primeira, com a perna esquerda, para ampliar: 2 a 0.

Se você imaginou que, depois de abrir dois gols de vantagem, a Espanha iria “tirar o pé”, se enganou. A equipe seguiu sufocando a Costa Rica e Jordi Alba foi derrubado na área: pênalti. Quem pegou a bola foi o garoto Ferrán Torres, aos 30 minutos. Ele deslocou Navas e fez o terceiro da Fúria.

Alguns números impressionavam a esta altura do jogo. A Espanha terminou o primeiro tempo com 76% de posse de bola, incríveis 524 passes certos e sete finalizações, com três gols marcados. Além do espetáculo do “tiki-taka” da seleção espanhola, era um show de eficiência, com apenas oito faltas na etapa inicial da partida.

Para o segundo tempo, a Costa Rica voltou com uma troca: saiu o lateral Carlos Martínez e entrou o zagueiro Waston, para aumentar a força aérea da equipe e tentar evitar uma goleada ainda maior. Mas a Espanha seguiu dominando por completo o jogo e logo aumentou ainda mais o escore. Aos oito minutos, Ferrán Torres aproveitou bobeira da defesa costa-riquenha, girou sobre o marcador e bateu de perna esquerda para fazer o quarto gol espanhol.

Já pensando em preservar alguns de seus principais jogadores, o técnico Luis Enrique fez duas mudanças aos 11 minutos: saíram Pedri e Ferrán Torres para as entradas de Soler e Morata. E quase Álvaro Morata fez o quinto da Espanha, aos 17, mas chutou para fora.

No minuto seguinte, mais duas trocas na seleção espanhola: saíram Busquets e Alba para as entradas de Koke e Balde. E, aos 23, Asensio deu lugar a Nico Williams. As cinco mexidas não tiraram a característica de troca de passes e manutenção da posse de bola da Espanha, mas diminuíram o ímpeto ofensivo do time, que passou a chegar à frente com menos frequência, mas seguiu sem ser ameaçada pela Costa Rica.

Só que, quando a Espanha conseguiu chegar, saiu um golaço. Aos 29, Morata recebeu em profundidade e cruzou para Gavi, de apenas 18 anos, bater de primeira e mandar para as redes: 5 a 0 para os espanhóis. Com o gol no Catar, o garoto do Barcelona tornou-se o terceiro mais jovem a fazer um gol em Copas, atrás apenas de Pelé e do mexicano Manuel Rosas.

Ainda deu para Soler marcar o sexto, aos 44, e Morata fazer o sétimo, aos 47, para fazer a maior goleada desta Copa do Mundo e da história da Espanha em Mundiais. Com toque para lá e toque para cá, a Fúria chegou à incrível marca de mil passes na partida.

E assim seguiu até o apito final, um jogo completamente dominado pela seleção espanhola, que mostrou um futebol envolvente, e sem nenhuma chance para a Costa Rica, que deverá ser o saco de pancadas do Grupo E.

ESPANHA (7)
Unai Simón; Azpilicueta, Rodri, Laporte e Jordi Alba (Balde, 18’/2ºT); Busquets (Koke, 18’/2ºT), Pedri (Soler, 11’/2ºT) e Gavi; Ferrán Torres (Morata, 11’/2ºT), Asensio (Nico Williams, 23’/2ºT) e Dani Olmo. Técnico: Luis Enrique

COSTA RICA (0)
Keylor Navas; Martínez (Waston, int.), Fuller, Duarte, Calvo e Oviedo (Matarrita, 36’/2ºT); Tejeda, Celso Borges (Aguilera, 26’/2ºT), Jewison Bennette (Bryan Ruíz, 15’/2ºT) e Joel Campbell; Anthony Contreras (Zamora, 15’/2ºT). Técnico: Luis Fernando Suárez

GOLS: Dani Olmo (E), aos 10min, Marco Asensio (E), aos 20min e Ferrán Torres (E), aos 30min do 1º tempo e aos 8min do 2º tempo, Gavi (E), aos 29min, Soler (E), aos 44min, e Morata, aos 47min do 2º tempo
CARTÕES AMARELOS: Calvo (C)
PÚBLICO: 40.013 pessoas
ARBITRAGEM: Mohammed Abdulla, auxiliado por Mohamed Al-Hammadi e Hasan Al-Mahri (trio dos Emirados Árabes Unidos). VAR: Abdulla Al-Marri (Catar)
LOCAL: Estádio Al Thumama, em Doha

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