A Escola Estadual Professora Yolanda Salles Cabianca é uma das 12 da região, em 8 cidades, interessadas em aderir ao modelo de ensino cívico-militar, segundo uma consulta realizada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
Após a divulgação da lista de escolas que têm interesse em aderir ao projeto, o próximo passo é a realização de uma consulta pública, onde a comunidade escolar pode se manifestar contra ou a favor do modelo.
Quais são os pré-requisitos?
Para participar da seleção, a unidade de ensino deve atender a critérios como a aprovação da comunidade escolar; índice de vulnerabilidade social; índices de fluxo escolar; e índices de rendimento escolar.
A lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em maio deste ano também prevê que as escolas interessadas no modelo cívico-militar não tenham aulas no período noturno e não possuam gestão compartilhada entre Estado e municípios, por exemplo.
Cronograma
- 18 a 31 de julho: período de reuniões com a comunidade escolar e divulgação nos diversos canais de mídias da lista das unidades escolares que atendem aos critérios;
- 1º a 15 de agosto: primeira rodada da consulta pública nas unidades escolares;
- 16 de agosto: divulgação preliminar da primeira rodada da consulta pública;
- 19 de agosto: manifestação de interesse das unidades escolares em realizar a segunda rodada para alcançar a quantidade de votos válidos;
- 20 a 22 de agosto: segunda rodada da consulta pública nas unidades escolares;
- 23 de agosto: divulgação preliminar da segunda rodada da consulta pública;
- 26 de agosto: manifestação de interesse das unidades escolares em realizar a segunda rodada para alcançar a quantidade de votos válidos;
- 27 a 29 de agosto: terceira rodada da consulta pública nas unidades escolares;
- 30 de agosto: divulgação das unidades escolares que atendem aos critérios e aderiram ao modelo cívico-militar.
A expectativa da pasta é iniciar o projeto de ensino cívico-militar em 2025, com 45 unidades escolares aderindo ao modelo.
O que muda no dia a dia dos alunos e professores?
O modelo proposto mescla a presença de militares – que cuidarão da disciplina dos alunos – e de profissionais da educação – que serão responsáveis pelo conteúdo passado nas salas de aula. Além disso, os valores das escolas serão semelhantes aos das organizações militares.
De acordo com o projeto de lei redigido por Tarcísio, as atividades extracurriculares desses colégios serão de responsabilidade dos militares e serão formuladas pela colaboração da Secretaria da Educação (Seduc) com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) seguindo as seguintes diretrizes: “valores cidadãos, como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito” e “habilidades que preparem o aluno para o exercício consciente da cidadania”.
Responsabilidades da Seduc e das secretarias municipais da educação
Ainda segundo o projeto de lei, estão entre os deveres das pastas educacionais:
- apoiar financeiramente a execução e a implementação do Programa;
- selecionar as escolas participantes (levando em consideração a vontade da comunidade escolar);
- conscientizar a população sobre “a importância da implementação das Escolas Cívico-Militares”;
- prestar apoio técnico e financeiro aos colégios participantes;
- ofertar conhecimento adicional para os profissionais das instituições;
- monitorar e avaliar as escolas participantes do programa;
- realizar o processo seletivo dos policiais militares que irão atuar como monitores (para isso, devem consultar a SSP);
- definir as diretrizes pedagógicas e a orientação das escolas do programa;
- decidir quanto às demissões dos profissionais que atuarão nos colégios;
- compra de uniformes para os funcionários.
Responsabilidades da Secretaria da Segurança no projeto
- acompanhamento e avaliação do cumprimento dos deveres dos monitores;
- fornecer informações sobre o comportamento dos monitores e possíveis processos criminais e administrativos em que eles estejam envolvidos;
- apoiar tecnicamente o trabalho das secretarias municipais e da Secretaria da Educação.
Responsabilidades das escolas no projeto
É de dever das instituições de ensino participantes:
- implementar o Programa Escola Cívico-Militar de acordo com as normas propostas pela Seduc e garantir as condições para isso;
- garantir a qualidade do processo educacional;
- prestar informações à Diretoria de Ensino e Secretaria de Educação sobre a execução do programa;
- se certificar de que os princípios éticos, respeito aos direitos humanos, a proteção à dignidade humana, o zelo pelos direitos fundamentais de toda a comunidade escolar e o respeito à diversidade não estão sendo feridos.
Fonte: G1