O cardiologista e médico intensivista Dr. Agnaldo Piscopo fez neste sábado (31), Dia Mundial Sem Tabaco, um alerta contundente sobre os riscos do cigarro eletrônico. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o médico desmente a falsa ideia de que os chamados “vapes” são inofensivos e denuncia os graves danos que esses dispositivos têm causado à saúde, especialmente entre os jovens.
“Disseram que era só vapor. Que era moderno. Mas o que ninguém contou é que isso está matando jovens”, afirmou Dr. Agnaldo no vídeo, que rapidamente ganhou grande repercussão nas redes sociais, alcançando milhares de visualizações, comentários e compartilhamentos. No conteúdo, ele cita doenças como infartos, AVCs, transtornos mentais, dependência química e a EVALI — lesão pulmonar grave associada ao uso de vaporizadores.
O alerta do médico ganhou ainda mais força após a morte recente da adolescente Bárbara Fernanda, de 15 anos, no Distrito Federal. A jovem foi internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com um quadro grave de pneumonia que não respondia a antibióticos. Segundo familiares, ela fazia uso frequente de cigarro eletrônico há cerca de quatro meses. A suspeita é de que o vape tenha sido determinante para o agravamento do quadro clínico que levou à morte.
Mesmo proibido pela Anvisa desde 2009, o cigarro eletrônico é amplamente acessível e tem se popularizado entre adolescentes, impulsionado por sabores atrativos e pela falsa impressão de segurança. Dr. Agnaldo reforça que os vapes podem conter até 20 vezes mais nicotina do que um cigarro convencional, além de substâncias tóxicas como formol, acetona e metais pesados.
“Enquanto a sociedade romantiza esse vício, os hospitais estão recebendo jovens com pulmões destruídos. E não é exagero. É a realidade”, destacou o médico.
A repercussão do vídeo reforça a importância de campanhas de conscientização baseadas em evidências científicas e do papel ativo de profissionais da saúde na luta contra a banalização do cigarro eletrônico. “Se você ama alguém, compartilha. Isso pode salvar uma vida”, finalizou Dr. Agnaldo no vídeo.