30/01/2025
Política

Deputados de 5 partidos da base de Lula assinam pedido de impeachment

Trinta e seis deputados filiados a cinco partidos que integram a base de Lula assinam pedido de impeachment do presidente previsto para ser protocolado na Câmara, na semana que vem. Parlamentares do MDB, União Brasil, PSD, Republicanos e PP se juntaram ao PL e a outras legendas de oposição para cobrar o afastamento do mandatário.

Essas legendas – que aderiram ao governo, mas possuem núcleos bolsonaristas – estão distribuídas da seguinte maneira na Esplanada:

O União Brasil tem três ministros: Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional);

O PSD também conta com três representantes no primeiro escalão do governo Lula: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Pesca);

O MDB é representado pelos ministros Renan Filho (Transportes), Jáder Filho (Cidades) e Simone Tebet (Planejamento);

• Já o PP conta com o Ministério do Esporte, chefiado por André Fufuca, ex-líder da sigla na Câmara;

O Republicanos comanda Portos e Aeroportos com o deputado Silvio Costa Filho.

De autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL), o pedido de impeachment soma até o momento 117 signatários e tem como base irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC).

O pedido de afastamento conta ainda com o apoio de parlamentares de Cidadania, Podemos, Novo e PRD. A coleta de assinaturas teve início após o TCU bloquear recursos bilionários destinados ao Pé-de-Meia, principal aposta do governo Lula na área da educação.

Esse programa fornece incentivo financeiro para estudantes do Ensino Médio inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O benefício, de acordo com o governo federal, funciona como uma poupança, paga em parte ao fim de cada ano letivo. O objetivo é evitar a evasão escolar dos jovens em situação de vulnerabilidade social.

Congressistas de oposição denunciam haver “pedalada fiscal”, uma vez que foram empregados recursos que não estavam previstos em lei. A suposta pedalada seria de R$ 3 bilhões, segundo apontou o deputado Sanderson (PL-RS) ao TCU.

Marcel Van Hattem (Novo-RS) citou o impeachment de Dilma Rousseff, oficialmente causado por uma pedalada: “Há claros motivos para impeachment. Não havia previsão legal para a utilização de recursos do orçamento da União para o programa Pé-de-Meia. É um crime contra o orçamento, assim como foram as pedaladas fiscais que acabaram baseando o impeachment de Dilma Rousseff. Temos que ir para as ruas”.

Nomes

Entre os partidos da base, os deputados que apoiaram o impeachment de Lula são:

PSD (4 deputados)
• Sargento Fahur (PSD-PR)
• Rodrigo Estacho (PSD-PR)
• Ismael dos Santos (PSD-SC)
• Stefano Aguiar (PSD-MG)

PP (8 deputados)
• Evair Vieira de Melo (PP-ES)
• Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
• Delegado Fabio Costa (PP-AL)
• Clarissa Tércio (PP-PE)
• Pedro Westphalen (PP-RS)
• Silvia Cristina (PP-RO)
• Covatti Filho (PP-RS)
• Afonso Hamm (PP-RS)

União Brasil (16 deputados)

• Rodrigo Valadares (União-SE)
• Kim Kataguiri (União-SP)
• Coronel Assis (União-MT)
• Rosangela Moro (União-SP)
• Nicoletti (União-RR)
• Dayany Bittencourt (União-CE)
• Felipe Francischini (União-PR)
• Coronel Ulysses (União-AC)
• Nelsinho Padovani (União-PR)
• Zacharias Kalil (União-GO)
• Cristiane Lopes (União-RO)
• Pastor Diniz (União-AC)
• Alfredo Gaspar (União-AL)
• Dr. Fernando Máximo (União-RO)
• Eduardo Velloso (União-AC)
• Maurício Carvalho (União-RO)

Republicanos (3 deputados)

• Franciane Bayer (Republicanos-RS)
• Messias Donato (Republicanos-ES)
• Roberto Duarte (Republicanos-AC)

MDB (5 deputados)

• Pezenti (MDB-SC)
• Delegado Palumbo (MDB-SP)
• Thiago Flores (MDB-RO)
• Simone Marquetto (MDB-SP)
• Osmar Terra (MDB-RS)

 

Fonte: Metrópoles

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