02/04/2025
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Cabeleireira que pichou estátua do STF com a frase “Perdeu, mané” é transferida para prisão domiciliar; ela estava presa em Rio Claro

Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, foi transferida para prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A cabeleireira ficou conhecida por ter pichado a estátua “A Justiça”, localizada em frente ao prédio do STF, com a frase “Perdeu, mané” durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Débora estava presa preventivamente desde março de 2023 no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (SP), por envolvimento na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. A decisão de transferência para o regime domiciliar foi tomada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), considerando, entre outros fatores, que ela é mãe de duas crianças, de 8 e 11 anos.

A partir de agora, ela cumprirá prisão domiciliar em Paulínia (SP), com uso de tornozeleira eletrônica. Também está proibida de usar redes sociais, manter contato com outros investigados e conceder entrevistas sem autorização judicial. O descumprimento das medidas pode resultar no retorno ao regime fechado.

O julgamento de Débora foi iniciado no STF, e o ministro Alexandre de Moraes votou por sua condenação a 14 anos de prisão. No entanto, o julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Luiz Fux.

O caso tem sido usado por parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro como exemplo para defender a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. Já a defesa da cabeleireira sustenta que a prisão foi desproporcional e sem base em provas concretas.

A estátua “A Justiça”, pichada durante a invasão, é uma obra do escultor Alfredo Ceschiatti e simboliza a imparcialidade do Poder Judiciário.

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