A 10 dias da eleição, pesquisas de intenção de voto apontam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em 14 estados, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) está na frente em oito. Há situação de empate técnico em cinco unidades da Federação.
O empate técnico é considerado não apenas quando os dois candidatos possuem o mesmo percentual de votos, mas também quando os índices oscilam dentro da margem de erro e levam ambos a um patamar em comum.
É o que ocorre em Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde Bolsonaro pontua 40%, contra 36% de Lula, de acordo com a pesquisa Ipec (ex-Ibope) mais recente. Apesar de registrarem percentuais distintos, na margem de erro do levantamento – de três pontos percentuais –, o atual presidente pode variar entre 37%, no valor mínimo, e 43%, no mais alto. Já o petista, vai de 33% a 39%.
Outros quatro estados apresentam o mesmo panorama: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Para o levantamento, o Metrópoles considerou as consultas mais recentes realizadas pelos institutos Ideia, Ipec, Datafolha e Ipespe, registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 22 de setembro. Em todos os casos, os números se referem ao cenário estimulado — quando é apresentada ao eleitor uma lista de nomes (veja as informações sobre os levantamentos abaixo).
Eleições 2022
Bolsonaro volta ao próprio programa; Lula promete salário mínimo maior
Enquanto Lula e o PT mantêm a hegemonia nos estados do Nordeste, Bolsonaro lidera em duas das três unidades da Federação da Região Sul. A exceção é o Rio Grande do Sul, onde há empate técnico. O panorama atual nesses lugares é semelhante ao de 2018, quando Fernando Haddad venceu no Nordeste, e o então deputado federal e agora presidente levou a melhor em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
A principal diferença é Minas Gerais. Nas últimas eleições, Bolsonaro conquistou a maioria de votos no estado. Agora, é Lula quem lidera isolado no segundo maior colégio eleitoral do país.
Nova camisa da copa supera expectativas “agora o hexa vem”
Como foram consideradas as sondagens recentes, e não um agregador de pesquisas, pode haver distorções. Agregadores se atentam à média de todos os levantamentos sobre a distribuição das intenções de voto em cada estado, o que contorna variações nos resultados regionais motivadas por diferentes margens de erro.
Além disso, cabe pontuar que cada instituto possui sua metodologia (presencial ou por telefone), o que também pode gerar alguns resultados diferentes.
Os levantamentos analisados são aqueles com resultados publicados até sexta-feira (23/9) pela manhã.