A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, frustrou um plano de ataque com explosivos improvisados durante o megashow da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3) na praia de Copacabana. O evento gratuito reuniu mais de 2 milhões de pessoas e teve um dos maiores públicos da história da música.
A operação, batizada de “Fake Monster”, resultou na apreensão de materiais e na detenção de dois suspeitos: um homem no Rio Grande do Sul, apontado como líder do grupo e preso por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil e planejar crimes com motivação terrorista.
De acordo com a investigação, o grupo disseminava discursos de ódio contra a comunidade LGBTQIA+ e buscava notoriedade nas redes sociais. O ataque era tratado como um “desafio coletivo”, com incentivo à fabricação de artefatos explosivos caseiros e coquetéis molotov. A polícia afirma que os suspeitos tentavam recrutar outros adolescentes para executarem os planos.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos estados, inclusive em São Vicente (SP), onde foram recolhidos celulares, videogames e computadores. Apesar das ameaças, não foram encontrados explosivos prontos para uso.
Durante o evento, a segurança foi reforçada, com mais de 5.200 agentes atuando no policiamento. Ao todo, 251 objetos perfurocortantes foram apreendidos e quatro pessoas detidas por crimes como furto e receptação.
Lady Gaga e sua equipe só tomaram conhecimento das ameaças após a divulgação na imprensa. Em postagem nas redes sociais, a cantora agradeceu ao público brasileiro e descreveu o show como um “momento histórico”, sem mencionar diretamente o plano de ataque.