María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, foi detida nesta quinta-feira (09) durante um protesto em Caracas, na véspera da posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato. Após meses na clandestinidade, Machado fez sua primeira aparição pública na manifestação, convocada para contestar a legitimidade da reeleição de Maduro.
De acordo com seu partido, Vem Venezuela, ao deixar o protesto, Machado foi violentamente interceptada por forças do regime. Relatos indicam que agentes dispararam contra as motocicletas que a escoltavam, resultando na queda de Machado, que foi então capturada. Antes de ser liberada, ela teria sido forçada a gravar vídeos sob coerção.
A detenção de Machado gerou condenação internacional. O governo espanhol expressou “total condena e preocupação”, exigindo sua libertação imediata e respeito aos direitos humanos na Venezuela. Outros países, como Itália e Panamá, também criticaram a ação e pediram sua liberação.
O ex-diplomata Edmundo González, que se autoproclamou presidente eleito da Venezuela após eleições contestadas, também exigiu a libertação imediata de Machado. González, reconhecido por alguns países e organizações internacionais como vencedor legítimo das eleições, planeja retornar a Caracas para sua posse, apesar da repressão crescente por parte do regime de Maduro.
A situação na Venezuela permanece tensa, com manifestações em várias cidades e uma onda de detenções de opositores ao regime chavista. A comunidade internacional continua a monitorar de perto os desdobramentos políticos no país.
Com informações do Jornal O Globo