A invasão de capivaras em propriedades rurais em Conchal (SP) tem causado prejuízos aos produtores rurais.
“Ela rói rama de mandioca, derruba os milhos quando está com espiga, derruba tudo no chão para roer o milho, não tem jeito de cultivar nada”, lamenta o agricultor José Domingos Della Coleta.
A legislação ambiental impede o abate e tem regras para o manejo de capivaras. A administração municipal de Conchal estuda um projeto envolvendo outros municípios da região e universidades para castrar os animais e conseguir assim controlar o crescimento da população.
Até que esse projeto seja realizado, os produtores rurais vivem em estado de atenção. Eles foram obrigados a cercar as propriedades, o que gerou um custo significativo. Mas a medida foi pouco eficaz, já que os animais conseguem romper as barreiras.
“Parece que passou uma colhedeira na roça de milho. Elas vêm principalmente na época da seca que não tem tanto capim na beira do rio, daí elas sobem para a plantação”, afirmou.
O diretor de Meio Ambiente de Conchal, Luciano Bomfim dos Santos, orienta os produtores a usarem uma cerca elétrica ao redor das áreas de preservação permanente (APPs) com baixa voltagem para assustar os animais.
“Que ele encoste, se assuste e volte para a água ou para o habitat dele”, afirmou.
As capivaras também estão na área urbana e um grande grupo de animais vive nas proximidades do lago municipal gerando risco para quem frequenta o parque.
Além de serem hospedeiros do carrapato estrela, que transmite a febre maculosa, os animais também atacam se sentirem ameaçados.
“Quando esses animais estão com filhotes, eles atacam. Então, as pessoas ou animais chegando perto desses filhotes, o grupo inteiro ataca e isso é extremamente perigoso porque é o maior roedor do país e o ataque dela é mordida com dentes gigantescos, machuca muito”, disse Santos.
Fonte: G1