A quinta-feira (16) é de luto no esporte. Além do locutor Silvio Luiz, faleceram neste dia o jornalista Antero Greco (69 anos) e o radialista Washington Rodrigues “Apolinho”, aos 87.
Greco estava internado no hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista, tratando um tumor no cérebro, onde passou por duas cirurgias nos últimos anos. O velório acontecerá a partir do meio-dia, e o sepultamento será às 16h, em um cemitério na região central de São Paulo.
Já Apolinho estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca para tratar de um câncer. O corpo será velado nesta quinta-feira (16), a partir do meio-dia, no salão nobre da sede do Flamengo, na Gávea. O enterro vai acontecer às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo/RJ
Carreiras
Antero Greco foi um dos jornalistas mais respeitados da crônica esportiva brasileira. Formado pela Universidade de São Paulo (USP), ele passou pelo Diário Popular, Diário de S. Paulo, Estadão, Folha de S. Paulo, Grupo Bandeirantes, entre outros veículos.
Palmeirense discreto, Antero Greco contava com a simpatia de torcedores de outros clubes pela maneira como conduzia os seus comentários.
Foi na televisão que o jornalista ficou popular conduzindo a apresentação do programa “Sportscenter”, da ESPN Brasil, ao lado de Paulo Soares, o Amigão. O bom humor da dupla chamava atenção no noticiário noturno, que teve grande audiência.
Antero Greco foi um dos primeiros contratados da emissora, ainda em 1994. Nos últimos anos, com a evolução da doença, o jornalista diminuiu as aparições no canal, restringindo apenas a participações pontuais em programas da casa.
Já Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
“O futebol de salão é um esporte brasileiro. Eu fui para mostrar como eram as regras, apresentar jogadores e dirigentes”, disse Apolinho, em entrevista ao Museu da Pelada, em 2017.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho.
Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Com o fim da suspensão, os jornalistas voltaram ao trabalho. Apolinho, então, passou a fazer a reportagem do futebol de aspirantes.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional.
Fontes: Globo Esporte e O Dia