Durante a noite da última sexta-feira (6), a Polícia Militar perseguiu o carro (vídeo abaixo) do ex-namorado de Bruna Angleri pela rodovia Anhanguera até a cidade de Cravinhos, região de Ribeirão Preto, onde ele abandonou o veículo, um Fiat/Doblô e empreendeu fuga em meio ao canavial. A Justiça decretou a prisão preventiva dele na tarde de sexta-feira (6).
O cruzamento de dados das investigações, como as imagens de câmeras de segurança, análise de mensagens do celular, depoimentos de testemunhas e laudos periciais levaram o delegado a pedir a prisão do ex-namorado. Imagens das câmeras de segurança de um bar onde a dentista estava na noite anterior do crime, por exemplo, registraram o suspeito passando pelo local. Por volta das 22h, o sistema de identificação facial do condomínio flagrou ela entrando no condomínio chorando naquela noite.
Ele é o principal suspeito da morte brutal de Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, no dia 27 de setembro, na casa onde ela morava no condomínio Portal das Laranjeiras na Av. Otto Barreto no Distrito Industrial III, em Araras. Bruna Viviane Angleri foi espancada antes de morrer. O laudo pericial concluiu que ela levou um tiro no rosto. Ela teve parte do corpo carbonizado pelo assassino.
Após decretada a prisão nesta sexta-feira (7), o suspeito foi flagrado abastecendo em um posto de combustível, na rodovia Anhanguera, em Araras, no início da noite, em seguida ele fugiu sentido Ribeirão Preto. O sistema de identificação flagrou o suspeito passando pelos pedágios de Leme e Pirassununga.
O relacionamento
Os dois namoraram por cerca de sete meses. Ficaram dois meses separados, porém, ele não aceitava o fim do relacionamento. No início de agosto ele invadiu a casa dela, a agrediu e quebrou seus pertences, foi então, que ela solicitou uma medida protetiva, mas mesmo assim ele buscava contato com ela. A ex-mulher do suspeito, com quem ele tem uma filha, já tinha uma medida protetiva contra ele.
No dia seguinte ao assassinato, ele chegou a se apresentar na delegacia de Araras acompanhado de um advogado. Na oportunidade ele foi ouvido pelo delegado Tabajara Zuliani dos Santos, onde negou o crime. Na ocasião ele também não aceitou fazer o exame residuográfico nas mãos. O celular dele ficou apreendido e ele foi liberado.
Bruna era coordenadora de um curso de pós-graduação na Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic, em Araras. No domingo (1) manifestantes saíram as ruas de Araras clamando por Justiça.