23/11/2024
Cidade

Usuários reclamam da redução dos horários dos ônibus por falta de combustível em Araras

Apesar da liberação das rodovias da região que tinham bloqueios ilegais adotados por bolsonaristas contra o resultado das eleições, a falta de combustíveis ainda é um dos reflexos em Araras (SP), que teve que reduzir o transporte coletivo.

Os ônibus que passavam com intervalo de no máximo 30 minutos, no horário de pico, agora chegam de hora em hora, o que gerou diversas reclamações de usuários.

“Vou chegar atrasada e quem vai pagar meu salário? Se eu não trabalhar meus filhos passam fome”, disse a auxiliar de restaurante Suzi Helena Marques. “Minha vó precisava ir ao médico de manhã e não tinha ônibus. Perdeu consulta e a gente não tem culpa”, reclamou o aposentado por invalidez Felipe Alexandre Vicente de Carvalho.

Escala refeita

O diretor de tráfego e operação de Araras, Sidarta Sant’ana, explicou que a escala precisou ser refeita para atender todas as linhas. Com a liberação das estradas, a redução da frota foi menor do que estava programada para esta quinta.

Dos 35 ônibus que normalmente circulam de segunda a sexta, somente 20 estão rodando. Se as rodovias ainda tivessem bloqueadas, seriam apenas 10.

“Como a gente está sobrando funcionários por conta da falta de diesel a gente consegue dar um intervalo para os motoristas descansarem, então a gente reveza para não ter tanto desgaste deles”, afirmou o diretor.

O terminal de ônibus atende cerca de 12 mil passageiros por dia. O presidente do Transporte Coletivo de Araras (TCA), Rafael Zaniboni, disse que a medida foi necessária para que mais pessoas não fossem prejudicadas.  “Estamos com estoque zerado e estou comprando diesel foram dos postos de Araras para seguir oferecendo o transporte coletivo”, afirmou.

Expectativa de normalização
A expectativa é que o caminhão com a carga de combustível, que está em Paulínia, chegue ainda nesta quinta, para que a situação seja normalizada. “Se chegar hoje a gente pretende colocar os carros no horário ainda hoje”, disse Sant’ana.

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