26/11/2024
Polícia Região

Peixes são encontrados mortos às margens do rio Mogi Guaçu em Leme

Várias espécies de peixe foram encontradas mortas às margens do rio Mogi Guaçu na cidade de Leme. A Polícia Ambiental recebeu diversas denúncias, fez uma vistoria e constatou a morte de diversas espécies nativas da bacia do rio Paraná. Os peixes foram encontrados num trecho de, aproximadamente, 13 quilômetros de rio entre os bairros Taquari Ponte e Ibicatu.

De acordo com a Polícia Ambiental há indícios que a mortandade tenha sido provocada pela emissão de esgoto sem tratamento no rio, tendo como principal ponto de emissão o afluente rio Arari, localizado no município de Araras, aliado ao baixo volume de água provocado pela falta de chuvas, o que pode ter reduzido o oxigênio na água.

A Polícia Ambiental repassou o caso para a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que já teria coletado material para análise.A Polícia Judiciária de Araras também será comunicada para a apuração da responsabilidade penal.

O que dizem a Cetesb e os municípios:
A Cetesb informou que os municípios que ficam às margens do rio Mogi Guaçu são atendidos três agências ambientais diferentes. A agência ambiental de Ribeirão Preto informou que Porto Ferreira possui estação de tratamento de esgoto operando dentro dos padrões legais previstos.

A agência ambiental de Mogi Guaçu, que atende as cidades de Leme e Araras, mobilizou técnicos para checar a ocorrência na sexta-feira (9), que fizeram vistorias e coletas na região. As amostras foram encaminhadas para análise nos laboratórios da Cetesb.

De acordo com a agência, o município de Leme possui uma ETE dentro dos padrões legais previstos e o município de Araras possui uma ETE operando sem as devidas licenças ambientais da Cetesb.

A agência ambiental de São Carlos, que atende a cidade de Pirassununga, avalia a ocorrência.

Em nota, a Prefeitura de Araras informou que a cidade é a única das margens do rio Mogi Guçu que trata 100% o esgoto, com uma efetividade de 89%, aferida pela Cetesb.

A Superintendência de Água e Esgoto de Leme (Saecil) informou que 100% do esgoto urbano é coletado e tratado em sua estação de tratamento de esgoto, pelo sistema aeróbio e os índices de eficiência encontram-se dentro dos parâmetros exigidos pelos órgãos ambientais.

O órgão disse que tomou conhecimento na sexta-feira (9) sobre a mortandade de peixes, mas esse acidente ambiental havia ocorrido a mais de 20 quilômetros do local em que o Ribeirão do Meio deságua no rio Mogi Guaçu.

Informou ainda que, a partir da informação recebida da ONG SOS Moji Guaçu, foram coletadas amostras de água do rio nos bairros Ibicatu e Taquari Ponte e inicialmente foi constatado que os índices de oxigênio dissolvido, que é primordial para vida subaquática, se apresentavam dentro dos parâmetros mínimos. Os demais resultados ficarão prontos no decorrer da semana.

O Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga (SAEP) informou que, no Rio Mogi Guaçu é destinado uma média de 28 mil litros por hora e o mesmo já tratado com a eficiência dentro das especificações permitida pela Cetesb e que esse volume é muito pequeno em relação à vazão do rio.

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