Nos últimos cinco anos, o Brasil contabilizou mais de 7 mil feminicídios, revelando um cenário alarmante de violência contra as mulheres. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), entre 2020 e 2024, foram registrados 7.072 assassinatos de mulheres por questões de gênero. Apenas no ano passado, o país atingiu a maior marca desde o início da série histórica, com 1.459 casos – um aumento de 7,6% em relação a 2023.
Os dados apontam que São Paulo lidera em números absolutos, com 221 feminicídios registrados em 2023, um aumento de 13,3% em comparação com o ano anterior. Outros estados com altas ocorrências incluem Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já Mato Grosso apresentou a maior taxa proporcional, com 2,5 mortes para cada 100 mil mulheres.
Desde a tipificação do feminicídio como crime no Brasil, em 2015, mais de 10 mil mulheres foram mortas pelo simples fato de serem mulheres. Esse crime é caracterizado pelo assassinato cometido em contexto de violência doméstica ou por menosprezo à condição feminina.
O avanço nos números reforça a necessidade urgente de medidas efetivas para combater a violência de gênero. Especialistas destacam a importância do fortalecimento das redes de apoio às vítimas, ampliação de políticas públicas e maior rigor na aplicação das leis de proteção às mulheres.
No Dia Internacional da Mulher, a data serve como um lembrete da luta por igualdade e segurança, enquanto os índices crescentes de feminicídio exigem ações concretas e imediatas por parte do Estado e da sociedade.
Fontes: Metrópoles e UOL Notícias