Uma câmera de segurança registrou o momento em que um professor foi morto a tiros na frente de uma boate no Cambuí, em Campinas (SP). O crime aconteceu por volta das 5h45 do último sábado (18). Duas mulheres, de 22 e 23 anos, também ficaram feridas.
Nas imagens, é possível ver um carro parando em frente à casa noturna. Logo em seguida, um homem saca uma arma de fogo e atira contra as pessoas que estavam na calçada, atingindo o professor Wellington Fernando Aparecido Mariano e duas mulheres.
O professor foi baleado nas costas e caiu no chão. Wellington, de 26 anos, esteve em um show do MC Daniel na boate Milk entre a noite de sexta-feira (17) e a madrugada de sábado (18). Já na manhã de sábado, um homem foi preso e outro suspeito do crime não foi localizado.
As duas mulheres que também foram atingidas pelos disparos tiveram ferimentos nos pés e foram socorridas. Elas não correm risco de morte.
Informações apuradas pela Polícia Civil apontam que as vítimas não teriam qualquer relação com a confusão que motivou o crime. As jovens que também foram baleadas disseram que não conheciam Wellington. “Em princípio, em relatos das testemunhas, eles falam que as vítimas não tinham nada a ver com a situação, que estavam ali no momento errado, na hora errada”, afirmou o guarda municipal Duarte Souza.
Delegado do Setor de Homicídios de Campinas, Rui Pegolo também informou que não foi detectada nenhuma relação da vítima com o caso.
Qual a motivação?
Segundo Pegolo, a principal linha de investigação é de que os dois autores teriam sido expulsos da boate por uma confusão e, por represália, teriam retornado ao lugar atirando. Os suspeitos foram identificados como André Cruz, de 25 anos, que foi preso em flagrante e teve a detenção convertida pela Justiça em preventiva – quando não há prazo para liberdade – e Gustavo de Queiroz, de 23 anos, que segue desaparecido.
Segundo o depoimento do suspeito preso, ele e o amigo arrumaram uma confusão na boate e foram expulsos. Ele afirmou que os dois foram agredidos por funcionários da casa noturna. Então, resolveram pegar uma arma escondida por eles mesmos em um mato e voltar ao local.
André Cruz teria confessado participação no homicídio e disse que era o dono da arma – informação depois contestada por seu advogado de defesa. Segundo Marcelo Nedin, o suspeito dirigia o veículo e Gustavo teria efetuado os disparos.
O carro prata utilizado no crime foi apreendido ainda no sábado. Segundo a Guarda, o veículo foi encontrado em um condomínio residencial no bairro Cidade Satélite Íris.
Boate lamenta
Segundo o boletim de ocorrência, o gerente da boate, chamada Milk, afirmou que a briga ocorreu no caixa do bar, quando o suspeito de ter disparado foi pagar a conta. A empresa emitiu uma nota em que diz condenar o ocorrido, se compadece com os familiares e que está à disposição das autoridades para auxiliar no esclarecimento do crime.
Preso não sabia da morte
André Cruz estava em casa, dormindo, quando a polícia chegou na casa dele. Segundo o boletim de ocorrência, ele não sabia que a vítima havia morrido. Ao ser preso, André Cruz teria afirmado para os guardas que estava sob efeito de álcool e drogas.
“[Ele disse] que se envolveu numa briga, numa discussão na balada lá no Cambuí e diante dessa situação eles resolveram empregar a violência para poder resolver a situação”, afirmou o guarda municipal Duarte Souza.
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