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O vereador de Rio Claro (SP), Dalberto Christofoletti (PSD), foi preso na tarde desta sexta-feira (23) durante a Operação Apropriação Cultural, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

A investigação aponta que, entre 2022 e 2024, a Secretaria Municipal de Cultura, então sob a gestão de Christofoletti, teria contratado empresas sem licitação, repassando mais de R$ 814 mil em recursos públicos. Segundo o Ministério Público, parte desses valores teria sido desviada para contas pessoais do vereador, configurando os crimes de peculato e associação criminosa.

Christofoletti foi detido no Casarão da Cultura, órgão da prefeitura, onde aguardava a chegada de seus advogados. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça, que também autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do parlamentar e o sequestro de bens no valor equivalente ao desviado.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Christofoletti e em seu gabinete na Câmara Municipal. Foram apreendidos celulares, documentos e uma arma de fogo.

A investigação também revelou que, mesmo após deixar o cargo de secretário para assumir o mandato de vereador, Christofoletti teria continuado a influenciar a Secretaria de Cultura por meio de sucessores indicados por ele. A movimentação financeira do vereador foi considerada incompatível com seus rendimentos declarados à Receita Federal.

A Câmara Municipal de Rio Claro deverá decidir na próxima sessão se instaurará uma Comissão Processante para investigar o vereador, o que pode levar à cassação de seu mandato.

A defesa de Christofoletti ainda não se pronunciou sobre o caso.