Uma pesquisa desenvolvida no Grupo de Estudos em Biotecnologia de Plantas (GEBPlant), com apoio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar do campus Araras (SP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) usou um marcador molecular – espécie de assinatura genética – para identificar variedades de cana-de-açúcar resistentes à ferrugem alaranjada.
Segundo os pesquisadores, o estudo indicou que esta pode ser uma ferramenta molecular importante na busca por novas cultivares resistentes à doença.
Ferrugem alaranjada
A ferrugem laranja ou alaranjada é causada por um fungo e ataca algumas variedades de cana-de-açúcar, interferindo na fotossíntese e comprometendo o desenvolvimento e produtividade da planta.
Diferentemente de uma bactéria, por exemplo, em que é possível ter maior controle do ambiente para evitar proliferação, o fungo é facilmente espalhado pelo ar – por isso a importância de se criar cultivares resistentes a ele.
A doença foi relatada em países da Ásia, Oceania, África, América do Norte e América CentralNo Brasil, foi oficialmente detectada em 2009, na região de Araraquara.
Possibilidade de novas variedades
Variedades de cana-de-açúcar produzidas pela UFSCar cobrem 64% da área canaviera de SP e MS — Foto: PMGCA-UFSCar/Divulgação
Variedades de cana-de-açúcar produzidas pela UFSCar cobrem 64% da área canaviera de SP e MS — Foto: PMGCA-UFSCar/Divulgação
O trabalho foi realizado por Ícaro Fier, que se formou em Biotecnologia pela UFSCar, sob orientação da docente no Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar) Monalisa Sampaio Carneiro.
A pesquisa constatou que o marcador molecular G1, que havia sido testado apenas em variedades de cana originárias dos Estados Unidos, é também fator de resistência à ferrugem alaranjada em 10 das 24 cultivares brasileiras testadas. Este é o primeiro estudo do país que analisa esse marcador em cultivares brasileiras.
Os resultados mostraram que a eficiência do marcador G1 em prever a resistência foi de 71,43%. Além disso, na média geral, a redução na severidade da doença foi de 35% quando o marcador G1 estava presente.
“Em um primeiro momento, avaliamos em campo a resistência à ferrugem alaranjada dessas cultivares. Depois, verificamos a frequência do marcador G1 junto às cultivares, para analisarmos se esse marcador auxilia em uma resistência ainda maior a esta ferrugem”, explicou a professora.
As cultivares resistentes e com a presença do marcador G1 podem ser aproveitadas no processo de melhoramento para realizar novos cruzamentos e, assim, obter variedades que combinem também esse tipo de resistência à ferrugem alaranjada, criando o que os cientistas chamam de resistência durável.
“Essa resistência durável é um dos objetivos do nosso programa de melhoramento genético, que é o maior do país-, que é de liberar cultivares resistentes às principais doenças da cana-de-açúcar, tendo, assim, maior durabilidade comercial e boas condições de produtividade”, afirmou Monalisa.
Outra vantagem de variedades mais resistentes é a baixa necessidade do uso de produtos químicos para combater doenças.
Ronaldo quer ser o presidente da Confederação Brasileira de Futebol. A ideia de presidir a CBF,…
A Mega-Sena sorteia neste sábado (23) 18 milhões, prêmio acumulado na última quarta-feira (21), após…
Luciano Eduardo Zampim: 51 anos, solteiro. Morava no bairro Jardim Marabá. Falecimento: 22/11/2024 - Sepultamento:…
Em prol do Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata, a Secretaria…
A Polícia Militar (PM) prendeu um homem, nesta quinta-feira (21), após ele confessar que matou…
A Prefeitura de Araras e a São Leopoldo Mandic inauguram na próxima segunda-feira (25, a…