A médica ginecologista Helena Malzac Franco, que atende na Zona Sul do Rio de Janeiro, está sendo processada por crime de racismo devido a um comentário feito durante uma consulta, no qual afirmou que o odor na genitália de uma paciente negra estava relacionado à sua “cor e pelo”.
“Ela disse que mulheres pretas tem mais probabilidade de ter um cheiro forte nas partes íntimas. De início eu me senti vulnerável fiquei no meu canto”, disse a vítima, que não foi identificada.
Durante o atendimento, quando questionada pela acompanhante da paciente se esse cheiro ocorria apenas em pessoas negras, ela confirmou: “É muito comum. Não são 90%, mas vamos colocar uns 70%. Tem a ver com a melanina também.” A consulta foi gravada por Luana Génot, uma executiva que levou sua afilhada de 19 anos para ser atendida pela profissional. O caso foi revelado neste domingo (11) no programa “Fantástico” da TV Globo.
O Ministério Público do Rio denunciou Helena Malzac por crime de racismo, alegando que a médica se referiu ao conjunto de mulheres negras. Ela se tornou ré e, em 31 de maio, foi interrogada no Tribunal de Justiça do Rio. Durante a audiência, a ginecologista afirmou ter estudado sobre o assunto na faculdade e que realizou pesquisas a respeito:
“Disse que as pessoas de cor tem um cheiro mais forte, pela minha experiência de 44 anos como ginecologista. Atendendo a todos os tipos de mulheres, a negra tem um cheiro mais forte. Tanto que essas firmas de desodorante, o desodorante pra negro é diferente”, afirmou Helena durante o interrogatório.
No entanto, especialistas entrevistados pelo “Fantástico” refutaram a afirmação da médica. O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Heitor de Sá Gonçalves, explicou que pessoas negras podem ter uma quantidade maior de glândulas apócrinas, que produzem uma secreção inodora, e que não há relação entre a melanina e o odor corporal.
“Então, o que vai fazer essa secreção ter odor? Não tem nada a ver com a cor da pele. É a flora bacteriana, que é específica de cada individuo”, disse Gonçalves.
No processo, Helena Malzac se defende afirmando que seu pai é negro e que “em nenhum momento houve a intenção de ofender ou discriminar alguém com base na cor da pele”.
“O objetivo do comentário da ré foi estrito e visando exclusivamente tratar o mau cheiro com forte odor na região das virilhas”, diz trecho da defesa.
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