A Justiça de Cordeirópolis (SP) determinou, nesta quarta-feira (SP), a prisão preventiva de três suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em furto e comercialização de equipamentos de serviços de saneamento de cidades da região de Piracicaba (SP) e outras regiões. Um deles já está preso e dois estão foragidos. Também foram identificados crimes com as mesmas características em Araras.
O esquema envolvia desde o uso de disfarces à venda dos produtos em rede social. Dois suspeitos de serem receptadores, ou seja, de comprarem os materiais, também já estão presos. As investigações são realizadas pela Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba.
Entre os alvos está o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Cordeirópolis (SP) e já foram recuperados produtos que somam R$ 80 mil em valor.
Segundo a Polícia Civil, o esquema prejudicava o abastecimento de água e os produtos, dentre eles inversores de frequência, foram vendidos para receptadores de quatro estados (Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo).
Onde a quadrilha agia?
Inicialmente, a Polícia Civil foi informada sobre o aumento de furtos de equipamentos do Saae de Cordeirópolis, com registro de sete casos até 23 de outubro.
No entanto, também foram identificados crimes com as mesmas características nas seguintes cidades:
Piracicaba (SP)
Limeira (SP)
Saltinho (SP)
São Pedro (SP)
Araras (SP)
Leme (SP)
Rio Claro (SP)
São Carlos (SP)
Ribeirão Pires (SP)
Porto Ferreira (SP)
Descalvado (SP)
Em Saltinho (SP), um suspeito chegou a ser detido em 15 de setembro, mas passou a responder em l liberdade e atualmente está foragido, após ter prisão preventiva decretada.
Como funcionava o esquema?
Dois suspeitos saíam do carro e um deles permanecia nele para vigiar e avisar os outros dois se houvesse movimentação policial ou de algum funcionário da empresa de saneamento. Em seguida, a dupla arrombava estações da empresa para furtar equipamentos. Um dos que foi furtado, denominado de inversor, segundo o Saae de Cordeirópolis, é avaliado em R$ 26 mil.
Na ação, eles viravam câmeras de monitoramento para cima e destruíam sirenes de alarme. Geralmente, a ação ocorria em áreas remotas, com menor movimento de pessoas e carros.
Como as vendas eram feitas?
O grupo realizava as vendas através de anúncios em grupos fechados em rede social. Todos eram publicados por um mesmo membro da quadrilha.
Um dos receptadores vinha comprando parte delas para utilização em sua empresa do ramo elétrico, em Indaiatuba (SP), e por um dos itens pagou R$ 2,3 mil, conforme as investigações policiais.
Como a população era afetada?
Em sua denúncia à Justiça, a promotora de Justiça Aline Moraes, de Cordeirópolis, evidencia os reflexos dos furtos realizados para a população. Ela cita um caso ocorrido em 21 de outubro deste ano, quando o grupo levou um aparelho eletrônico denominado soft starter de uma estação de tratamento de água da cidade.
“O furto de tal aparelho causou a paralisação da estação de tratamento de água e, consequentemente, provocou o desabastecimento de boa parte da população cordeiropolense”, destaca.
Como o esquema foi descoberto?
Em uma das ações, os criminosos não conseguiram furtar equipamentos devido à presença de moradores.
Após receber informações a respeito da quantidade de envolvidos, suas características físicas, roupas que vestiam e veículo no qual estavam, os policiais conseguiram acesso a imagens de câmeras de segurança que flagravam os investigados, que estavam disfarçados com coletes refletivos e capacetes.
Com essas informações, os policiais localizaram a esposa de um dos suspeitos, que é dona do veículo flagrado, em Rio Claro (SP), e também identificou eles após consulta à Polícia Militar da cidade. Eles possuem antecedentes criminais por outros crimes contra o patrimônio, segundo a corporação.
Quem já foi preso?
O suspeito de receptação com empresa em Indaiatuba (SP) foi preso em cumprimento a mandado judicial em 23 de outubro. Na quinta-feira (26), foi preso um dos suspeitos de participar dos furtos dos equipamentos, em cumprimento a mandado de prisão.
Na última sexta-feira (27), um deles foi localizado em Casa Branca (SP), com inversores de cinco diferentes marcas. Ele admitiu que comprou os produtos de outro investigado por receptação da quadrilha e apontou um terceiro, morador de Mococa (SP), também como comprador dos equipamentos.
Nesta quarta-feira (1º), a Justiça de Cordeirópolis determinou a prisão de preventiva dos três investigados por realizarem os furtos, incluindo o que já está preso. Os outros dois estão foragidos.
Por quais crimes eles respondem?
Eles são investigados por furto, associação criminosa e receptação. No caso do trio apontado como responsável pelos furtos, já houve denúncia deles à Justiça.
Segundo a Polícia Civil, as investigações prosseguem e os agentes aguardam os representantes das empresas vítimas para reconhecimento dos produtos apreendidos.
Em prol do Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata, a Secretaria…
A Polícia Militar (PM) prendeu um homem, nesta quinta-feira (21), após ele confessar que matou…
A Prefeitura de Araras e a São Leopoldo Mandic inauguram na próxima segunda-feira (25, a…
O prefeito eleito Irineu Norival Maretto (PSD) anunciou em suas redes sociais alguns dos novos…
Novembro um mês marcado por uma expectativa importante para quem trabalha com carteira assinada: é…
Um caminhoneiro de 23 anos morreu carbonizado após bater em outro caminhão, na madrugada desta…