Com a chegada da Quaresma, que inicia nesta quarta-feira (05), o consumo de peixes em Araras tem um aumento significativo, impulsionado pela tradição religiosa e pelos hábitos alimentares da população. Segundo Silvia Pavan Felipe, gerente de uma peixaria localizada no Mercado Municipal, a procura cresce cerca de 60% no início do período, especialmente às quartas e sextas-feiras. Já na Semana Santa, a demanda sobe ainda mais, podendo ultrapassar 100% em relação a outros períodos do ano.
“Todos os anos temos a expectativa de que as vendas sejam melhores do que no ano anterior. Estamos desde 1978 em Araras e buscamos sempre modernizar nossos processos, mantendo a qualidade e garantindo aos clientes peixes frescos e de ótima procedência”, afirma Silvia.
Entre os produtos mais procurados, a sardinha fresca se destaca pelo preço acessível e pelos benefícios à saúde, já que é rica em ômega 3. O filé de tilápia e o salmão fresco também lideram as vendas, sendo consumidos durante todo o ano. Já o bacalhau tem um aumento expressivo na Quaresma e na Semana Santa, quando os clientes buscam diferentes tipos do pescado para pratos tradicionais.
Além desses, há também uma grande procura por peixes inteiros para assar, opções para moquecas, frutos do mar, camarões e variedades de peixes tanto de água doce quanto salgada.
Com a alta na procura, a expectativa desta peixaria e de outros comércios do setor é manter o compromisso de oferecer produtos frescos e de qualidade, atendendo à tradição e ao paladar dos consumidores de Araras durante este período considerado especial.
O aumento da demanda também deve impactar outros pontos de venda, como atacadões e supermercados, onde os consumidores buscam praticidade e preços acessíveis. Com a tradição de evitar o consumo de carne vermelha, especialmente às sextas-feiras, esses estabelecimentos registram um crescimento expressivo nas vendas de tilápia, sardinha, merluza, salmão e bacalhau.
A Quaresma é um período de 40 dias que antecede a Páscoa, marcado por reflexões espirituais, penitência e práticas de caridade. Para os cristãos, esse tempo simboliza os 40 dias que Jesus passou no deserto em jejum e oração antes de iniciar sua missão.
Dentro dessa tradição, muitas pessoas optam por fazer algum tipo de renúncia ou sacrifício, como forma de demonstrar devoção e disciplina. Entre as práticas mais comuns está a abstinência de carne vermelha, especialmente às sextas-feiras, dia que relembra a crucificação de Cristo. O peixe, por sua vez, é escolhido como alternativa porque, além de ser um alimento mais leve, tem um forte simbolismo cristão, representando fé e multiplicação, como nos milagres relatados nos Evangelhos.
A tradição de substituir a carne pelo peixe também tem raízes históricas na Igreja Católica, que por séculos recomendou essa prática como forma de penitência e purificação. Mesmo com o passar dos anos, o costume se mantém, sendo um dos principais fatores que impulsionam o aumento do consumo de peixes durante esse período.
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