O prefeito de Casa Branca (SP), Marco César de Paiva Aga (Republicanos), foi preso, na manhã desta quarta-feira (21), durante a Operação ‘Casa Limpa’, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além de Casa Branca, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Santana de Parnaíba, Santos, Cubatão e Poços de Caldas.
De acordo com a apuração do Ministério Público (MP), uma empresa privada de saneamento básico subornou agentes públicos, como secretários e prefeitos, para ser favorecida em contratos de prestação de serviços de água e esgoto.
Durante a manhã, o Ministério Público informou que Marco Aga havia sido afastado do cargo, mas durante a tarde confirmou que a Justiça decretou a prisão preventiva dele.
Não foram divulgadas informações sobre o envolvimento do prefeito. O g1 entrou em contato com a prefeitura e não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A reportagem tenta localizar a defesa do político.
Dinheiro apreendido
Em Casa Branca, a prefeitura foi um dos locais alvos de mandados. Na casa da irmã do prefeito, que não teve a identidade divulgada, foram encontrados e apreendidos R$ 401,7 mil em dinheiro embalados em uma mala.
Segundo o MP, a conta dela era usada para movimentar os recursos. A ocorrência foi apresentada na delegacia de São José do Rio Pardo.
Operação
O 24º Batalhão da Polícia Militar (PM) do Interior e o 5º Batalhão de Ações Especiais da corporação concretizaram também outros 11 mandados de busca e apreensão, além de uma prisão preventiva.
De acordo com a apuração do Ministério Público (MP), uma empresa privada de saneamento básico subornou agentes públicos, como secretários e prefeitos, para ser favorecida em contratos de prestação de serviços de água e esgoto.
As investigações mostraram que parte do dinheiro foi repassado por meio de ‘triangulação financeira’, com envolvimento de terceirizados da empresa de saneamento e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos.
A investigação teve como base análise de diversas provas documentais e depoimentos, além de dados bancários e fiscais de agentes públicos, familiares e pessoas próximas.
A investigação continua com o exame do material apreendido e outras diligências, segundo o Gaeco.
O que diz a Águas da Casa Branca
Em nota, a concessionária Águas de Casa Branca, informou que está à disposição das autoridades para esclarecimentos e que segue os padrões de legalidade em seus contratos. (veja abaixo a nota na íntegra).
Com relação à investigação conduzida pela Procuradoria Geral de Justiça no Município de Casa Branca, a concessionária Águas de Casa Branca, por seus Diretores e representantes, destaca que está à disposição das autoridades do Ministério Público Estadual, para todo e qualquer esclarecimento, como também para contribuir com todas as investigações, destacando que segue todos os padrões de legalidade em suas relações contratuais.
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