Por que se deve consumir peixe na Sexta-feira Santa? Entenda o significado por trás dessa tradição cristã

Mais do que uma escolha alimentar, o consumo de peixe na Sexta-feira Santa carrega um profundo significado espiritual para os cristãos. A data, também conhecida como Sexta-feira da Paixão, relembra o sofrimento e a morte de Jesus Cristo na cruz — e, por isso, é marcada por gestos de penitência, silêncio e reflexão.

Mas afinal, por que o peixe é a opção escolhida para esse dia?

A Igreja Católica orienta os fiéis a se absterem de carne vermelha como um sinal de sacrifício e respeito pela dor de Cristo. Historicamente, a carne vermelha está ligada a banquetes, festas e celebrações — tudo o que contraria o espírito de luto da Sexta-feira Santa. Em seu lugar, entra o peixe, um alimento considerado mais simples, leve e, ao mesmo tempo, simbólico.

O peixe e sua ligação com Jesus

Na Bíblia, o peixe aparece em diversos momentos ligados à missão de Jesus: ele alimenta multidões com peixes e pães, realiza milagres com pescadores e até escolhe discípulos entre eles. O próprio símbolo do cristianismo primitivo era um peixe — usado pelos primeiros cristãos como forma secreta de identificação durante as perseguições no Império Romano.

Além disso, o peixe é associado à humildade e à espiritualidade, o que está em sintonia com o clima de introspecção da Sexta-feira Santa.

E o frango? Pode comer na Sexta-feira Santa?

Muita gente se pergunta se o frango também está liberado, já que é uma carne branca assim como o peixe. Mas a resposta da Igreja Católica é não. Mesmo sendo considerada “carne branca” do ponto de vista nutricional, o frango ainda é carne de um animal terrestre de sangue quente — e por isso também entra na abstenção da Sexta-feira Santa.

A tradição orienta que os fiéis evitem todas as carnes de animais de sangue quente, como boi, porco, frango e cordeiro. Já o peixe, por ser de sangue frio, não se enquadra nessa restrição e é o alimento permitido durante o dia de jejum e penitência.

Além do aspecto simbólico, o peixe reforça a simplicidade e a humildade propostas para essa data, conectando a alimentação ao sentido espiritual do momento.

Mais que tradição, um gesto de fé

Portanto, o consumo de peixe na Sexta-feira Santa não é apenas um costume antigo — é um gesto de fé, respeito e espiritualidade que atravessa os séculos. Ao seguir essa tradição, os cristãos expressam reverência ao sacrifício de Cristo e se unem em oração, jejum e reflexão, à espera da Ressurreição celebrada no Domingo de Páscoa.

Cesar

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