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Após as investigações iniciais, a Polícia Civil de Leme (SP) descartou que o motociclista Guilherme Cazella, de 22 anos, tenha morrido depois de um acidente de trânsito.

Depois de conversar com testemunhas e coletar provas, o caso foi registrado como homicídio doloso qualificado – quanto há intenção de matar – por motivo fútil e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. A vítima e o autor teriam discutido antes do crime.

O condutor da caminhonete, Paulo Eduardo Jacinto Gonçalves, de 41 anos, foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (2), na Rua Doutor Mário Teixeira Freitas, no bairro Barra Funda. A defesa dele informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que não vai se manifestar no momento.

O corpo de Cazella será velado na sexta-feira (3), a partir das 6h30, no Velório Municipal de Leme. O enterro está previsto para as 13h, no Cemitério Municipal São João Batista de Leme.

Discussão antes de atropelamento
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os policiais foram chamados para um acidente de trânsito, mas descobriram que, na verdade, momentos antes do ocorrido a vítima e o autor haviam discutido.

Questionado pela Guarda Civil Municipal (GCM), que prestou apoio à ocorrência, Gonçalves confirmou que havia discutido com o motociclista quando saia de um açougue e que o jovem quase o atropelou com a moto.

Ele ainda disse que os dois trocaram ofensas e que, na Rua Dr. Mário Teixeira de Freitas, o jovem colidiu frontalmente com a caminhonete.

Imagens de câmeras de segurança, coletadas pela polícia, mostram que o condutor da caminhonete teria perseguido o jovem antes de atingí-lo, segundo o delegado João Pinheiro Neto. O g1 não teve acesso aos vídeos.

Ainda de acordo com a SSP, Guilherme Cazella aparentava ter um ferimento causado por arma de fogo e testemunhas afirmaram que durante a confusão houve um disparo. Porém, isso ainda é analisado pela polícia, já que nenhuma arma foi apreendida.

O condutor também foi submetido ao teste do bafômetro, que deu positivo para a ingestão de álcool no corpo. A perícia foi chamada ao local e foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística. O crime é investigado pelo 2º Distrito Policial.