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Pesquisa encontra resíduos de agrotóxicos em papinhas para bebês

Uma pesquisa da Unicamp encontrou 21 resíduos de agrotóxicos em 50 amostras de papinhas industrializadas para alimentação de bebês. O estudo apontou que a quantidade localizada é baixa e inferior aos patamares permitidos na Europa.

Realizado em Campinas e na Espanha, o estudo da engenheira de alimentos Rafaela Prata foi publicado na revista Food Control no final do ano passado. Ao todo, ela encontrou resíduos das substâncias tóxicas em 67% das 50 amostras analisadas.

“O que a gente encontrou é que em 67% das amostras analisadas, a gente detectou a presença de pesticidas. Apesar de ser um número bastante alto, assusta um pouco, mas foram encontradas em baixíssimas concentrações”.

Como o Brasil não regulamenta especificamente a quantidade tolerável de fungicidas, herbicidas e pesticidas em papinhas, a pesquisadora utilizou a legislação europeia, existente desde 2006.

“Na Europa, a legislação que a gente se baseou existe desde 2006, então a gente [Brasil] estaria um pouquinho atrasado”.

Regulamentação no Brasil
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a legislação sobre os limites máximos de resíduos (LMR) utiliza como base as determinações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Nas fiscalizações efetuadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no âmbito do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) é verificado se os produtos atendem ou não a esses limites”.

A pasta defende que, pelos resultados, em média 90% dos produtos comercializados atendem aos limites.

Especialista em direito médico, Gabriela Rodrigues afirma que a legislação vigente é rígida, mas precisa ser atualizada.

“Existe uma legislação rígida sobre a quantidade de agrotóxicos encontrados em qualquer alimento, e existe uma portaria do Ministério da Saúde falando sobre papinha de neném. Só que ela não regulamenta a quantidade de agrotóxico, ela diz que tem que ter a quantidade prevista na legislação para cada alimento”.

“As normas existentes são seguras, mas o país ainda tem que se desenvolver. Mas, atualmente, as crianças, como toda a população, estão respaldadas para o consumo de qualquer alimento”, completa a especialista.

adminn

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