Raimundo Nonato Martins, que confessou ter assassinado a empresária Zelma de Oliveira, o ex-marido dela João Batista de Oliveira e o motorista Reginaldo Lima, em São Carlos (SP), pediu perdão pelos crimes no Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (30).
“Peço perdão! Quem passa por isso sabe o que eu estou dizendo, não é fácil passar por esse momento assim, que é tipo até uma depressão que a gente tem”, declarou.
No depoimento, que durou mais de uma hora, Martins alegou que a falência do restaurante que tinha há 20 anos fez com que ele perdesse um pouco o controle da vida e passasse a culpar as pessoas das coisas ruins que estavam acontecendo com ele.
“No período dessa semana [do crime] eu comecei tanto me culpar quanto a culpar as pessoas, a Zelma e o João”, disse aos jurados.
O restaurante de Martins fechou em 2019 e, por atrasar aluguéis, ficou com uma dívida com Zelma, que foi paga. A acusação disse que a empresária não chegou a entrar na Justiça cobrar, mas acionou um advogado para fazê-la extrajudicialmente. Em depoimento à polícia, ele alegou que matou por vingança dessa cobrança.
O acusado também declarou não ter nada contra o motorista da empresária, Reginaldo Lima, mas que acabou o acertando quando ele tentou desarmá-lo. “Acabei assustando e atirando”.
Martins confessou aos jurados que após cometer o crime, o plano era se matar. Porém, ele recebeu diversas ligações da esposa e resolveu voltar pra casa, quando assumiu o crime para a mulher e os filhos, que o incentivaram a se entregar.
A arma utilizada no crime era registrada e Martins possuía posse e porte, por ter o título de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
O crime
Polícia investiga triplo assassinato no centro de São Carlos — Foto: São Carlos no Toque/Divulgação
Polícia investiga triplo assassinato no centro de São Carlos — Foto: São Carlos no Toque/Divulgação
A empresária Zelma Maria de Oliveira, de 73 anos, o ex-marido dela, João Batista de Oliveira, de 77 anos, e o motorista da família, Reginaldo Lima, de 44 anos, foram encontrados mortos com tiro na cabeça, em duas residências do Centro da cidade, na noite do dia 28 de agosto.
Zelma e João Batista foram casados por 15 anos e, na época do crime, estavam separados há 15 dias. “No primeiro momento levantou-se a hipótese de crime passional, no entanto, não havia como ser um homicídio seguido de suicídio uma vez que o ferimento na cabeça do senhor João foi atrás da orelha e também porque a arma não foi localizada”, afirmou o titular da DIG e responsável pelas investigações, João Fernando Baptista .
Segundo informações da polícia, o filho de João Batista tentou falar, sem sucesso, várias vezes com o pai por telefone. Ele também passou em frente à casa da madrasta e viu que a residência estava aberta. Horas depois, ao passar novamente pelo local, e viu que a casa permanecia aberta e chamou a Polícia Militar.
Quando os policiais verificaram o imóvel, encontraram os corpos de Zelma e de Lima na cozinha. Não havia sinal de luta ou arrombamento no local.
A polícia apurou que o crime ocorreu após Zelma e o motorista voltarem de Cachoeira de Emas, em Pirassununga (SP), onde teriam almoçado. Eles retornaram à residência por volta das 14h30.
Os policiais se deslocaram até a casa do ex-marido da empresária e quando chegaram ao local encontraram o corpo de Oliveira sentado. Assim como na casa da ex-esposa, não havia sinais de arrombamento e nada foi levado. Nenhuma arma ou munição foi encontrada no imóvel.
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