Nesta terça-feira (11), o mundo marca cinco anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID-19 uma pandemia global. O anúncio feito em 11 de março de 2020 mudou a história recente, levando a lockdowns, colapsos no sistema de saúde, milhões de mortes e uma transformação profunda na sociedade.
Quando a OMS classificou a COVID-19 como pandemia, o vírus SARS-CoV-2 já havia se espalhado para 114 países, com mais de 120 mil casos confirmados e aproximadamente 5 mil mortes registradas. No Brasil, à época, havia apenas 52 casos confirmados, mas a curva de contágio crescia rapidamente. O primeiro óbito brasileiro ocorreu dias depois, em 17 de março de 2020.
Os meses seguintes foram marcados por uma crise sanitária sem precedentes. O Brasil enfrentou dificuldades no combate ao vírus, incluindo falta de insumos médicos, desinformação e debates políticos acalorados sobre medidas de contenção. Hospitais ficaram sobrecarregados, UTIs lotadas e milhares de vidas foram perdidas diariamente nos picos mais severos da pandemia.
No cenário global, o impacto foi devastador. Estima-se que mais de 7 milhões de pessoas tenham morrido oficialmente devido à COVID-19, mas cálculos da OMS sugerem que o número real possa ultrapassar 15 milhões. Além das perdas humanas, a pandemia causou um impacto econômico profundo, levando países a recessões e alterando o mercado de trabalho com o crescimento do home office e novas dinâmicas laborais.
A virada na luta contra o vírus veio com a rápida produção e distribuição de vacinas. O Brasil iniciou sua campanha de vacinação em janeiro de 2021, priorizando grupos de risco. Com o avanço da imunização, os números de casos graves e óbitos começaram a cair.
Entretanto, a vacinação enfrentou resistência em alguns grupos da população, o que prolongou o ciclo da pandemia. No final de 2021 e início de 2022, novas variantes, como a Ômicron, trouxeram desafios adicionais, embora a vacinação tenha impedido cenários mais catastróficos.
Atualmente, a COVID-19 não é mais considerada uma emergência de saúde pública global, mas seus impactos ainda são sentidos. Algumas pessoas continuam sofrendo com a chamada “COVID longa”, que pode causar fadiga extrema, problemas respiratórios e dificuldades cognitivas por meses ou até anos após a infecção.
Além disso, o sistema de saúde continua lidando com as consequências do colapso vivido durante a pandemia. Profissionais da saúde relatam exaustão e sobrecarga, enquanto especialistas alertam para a necessidade de fortalecimento da infraestrutura hospitalar e da vigilância epidemiológica.
A pandemia mostrou a importância de respostas rápidas a emergências sanitárias, da colaboração internacional e do investimento contínuo na ciência. Também evidenciou fragilidades nos sistemas de saúde e expôs desigualdades sociais, já que grupos vulneráveis sofreram desproporcionalmente com os impactos da doença.
Com cinco anos desde o início da pandemia, o mundo segue em alerta para possíveis novas emergências de saúde. A experiência da COVID-19 reforçou a necessidade de estarmos preparados para futuras pandemias, garantindo que os erros do passado não se repitam.
A pandemia de COVID-19 marcou a história e continua a impactar a vida das pessoas. Embora tenha ficado no passado como crise global, seus efeitos ainda serão sentidos por muitos anos.
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