Categories: Mundo

Onda de calor deixa oito mortos e afeta milhões de pessoas no México

A onda de calor que atinge o México já deixou oito mortos e tem afetado a vida de milhões de pessoas.

O país, que tem 126 milhões de habitantes, registra todos os anos ondas de calor, cuja maior duração atualmente é atribuída por especialistas a fatores como a mudança climática.

Das oito vítimas desta última onda, sete morreram de insolação (colapso causado pela exposição prolongada a altas temperaturas) e uma de desidratação, entre 14 de abril e 12 de junho, segundo o governo.

Três pessoas morreram em Veracruz (leste), duas em Quintana Roo (sudeste), duas em Sonora (norte) e uma em Oaxaca, no sul mexicano.

Trabalhadores afetados
Um pedreiro que trabalha ao lado da Catedral Metropolitana, no centro histórico da Cidade do México, tem sido bastante afetado pelo calor. Nesta semana, a capital atingiu temperatura recorde de 35 ºC.

“Fica muito pesado (o calor). Às vezes a gente fica muito desidratado”, conta Roberto de Jesús, de 50 anos, à France Presse.

Ele fica até nove horas por dia esperando por clientes, embora a parte mais difícil seja quando tem que trabalhar ao ar livre à mercê do calor. “Estamos muito sufocados”, diz ele.

Mas nem só o trabalho se torna tortuoso. Comer em barracas de rua – um hábito popular entre os mexicanos – agora representa um alto risco, pois o calor intenso decompõe rapidamente os alimentos.

Roberto verificou recentemente. “Passei mal do estômago”, diz. “Foram uns tacos que comi na rua (…). Foi isso que me deu enjoo”, conta o pedreiro, que passou três dias se recuperando.

Mas os tacos de rua não são os vilões, porque, além das altas temperaturas, os funcionários devem trabalhar entre chapas quentes e fogões.

“O calor é horrível”, diz Javier Ramos, 30 anos, encarregado de preparar tacos em uma barraca na Alameda Central.

“Tem que se hidratar o dia todo”, continua, referindo-se à jornada de 15 horas em que ele e seus colegas montam a barraca, cozinham e atendem o público.

Faz parte do protocolo ter a carne fresca e os ingredientes preparados “do dia”, além de armazenar os insumos em refrigeradores “e não combinar carne com vegetais”, explica Javier.

Também localizada ao redor da catedral, Natividad Flores, uma vendedora de roupas artesanais de 40 anos, acredita que “estamos vendo as consequências da mudança climática”.

Protegida com luvas, chapéu de aba larga, protetor solar “e muita água”, Flores aproveita para vender roupas “muito frescas” para “aguentar o calor”.

“Dá tontura, um pouco de insolação também”, diz.

adminn

Recent Posts

Homem é preso por tráfico de drogas no Bosque Ararinha em Araras

Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas na noite desta sexta-feira (6),…

9 horas ago

Motociclista morre após cruzar sinal vermelho e bater em ônibus em Limeira

Um motociclista de 35 anos morreu após bater contra a lateral de um ônibus ao…

10 horas ago

Tradição das festas juninas nas escolas perde força e preocupa educadores e pais

As tradicionais festas juninas, por décadas celebradas com quadrilhas, trajes típicos, correio elegante e música…

20 horas ago

Vacinação contra a gripe acontece hoje na Paróquia Bom Jesus em Araras

A Secretaria da Saúde realiza no sábado (7), das 8h às 14h, mais uma ação…

21 horas ago

Mega-Sena sorteia R$ 51 milhões neste sábado (07)

A Mega-Sena sorteia neste sábado (07) R$ 51 milhões, prêmio acumulado na última quinta-feira (05),…

22 horas ago

Neblina encobre Araras na manhã deste sábado; veja a previsão para o restante do fim de semana

A manhã deste sábado (7) começou com uma densa neblina cobrindo o céu de Araras…

22 horas ago