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Olimpíadas: boxeadora argelina que protagonizou polêmica de gênero conquista o ouro

A argelina Imane Khelif, lutadora de boxe envolvida na polêmica de gênero, conquistou a medalha de ouro na categoria até 66kg, derrotando a chinesa Liu Yang por decisão unânime dos juízes.

No primeiro round, ambas as lutadoras trocaram golpes em um confronto equilibrado, mas Khelif se destacou, segundo a avaliação dos árbitros.

No segundo round, a argelina aumentou seu domínio, impondo um ritmo forte sobre Liu. No terceiro e último round, Khelif mostrou maturidade ao administrar a vantagem, garantindo a vitória por decisão unânime e o segundo ouro para a Argélia nos Jogos Olímpicos de Paris.

Este ouro marca a segunda medalha da Argélia na competição. Anteriormente, a jovem ginasta Kaylia Nemour, de 17 anos, brilhou na final das barras assimétricas, conquistando a medalha de ouro com uma apresentação impecável.

A polêmica envolvendo Imane Khelif

A trajetória de Imane Khelif até o ouro olímpico foi marcada por controvérsias e desafios dentro efora do ringue. Sua participação nos Jogos de Paris foi envolta em polêmica desde o início, quando a Associação Internacional de Boxe (IBA) decidiu bani-la do Mundial amador de 2023.

A IBA justificou sua decisão alegando que Khelif não cumpria os requisitos de elegibilidade para competir entre mulheres, citando testes de gênero que, segundo a associação, indicavam que a atleta teria cromossomos XY. No entanto, a IBA nunca divulgou os resultados oficiais desses testes.

O torneio olímpico de boxe, organizado sem a influência da IBA após a entidade perder sua certificação junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI), permitiu que Khelif retornasse aos ringues. O COI, sob nova gestão, autorizou sua participação nos Jogos, reconhecendo que a atleta cumpria todos os critérios necessários.

Apesar da autorização, os ataques contra Khelif não cessaram. Em sua estreia nos Jogos, a italiana Angela Carini abandonou a luta após apenas 46 segundos, alegando dor intensa no nariz após receber dois golpes da argelina. Esse episódio gerou uma onda de discurso de ódio nas redes sociais, com boatos infundados de que Khelif, que nasceu e foi criada como mulher cisgênero, seria uma atleta transgênero. O COI rapidamente se manifestou, lamentando a disseminação de desinformação e reafirmando que Khelif estava plenamente qualificada para competir.

 

Lutas polêmicas

Após a vitória da boxeadora argelina Imane Khelif sobre a italiana Angela Carini nos Jogos Olímpicos, centenas de milhares de pessoas ficaram enfurecidas nas redes sociais, questionando a feminilidade da argelina e pedindo que ela seja excluída das Olimpíadas. A escritora JK. Rowling e o proprietário do X, Elon Musk também entraram na discussão.

Imane Khelif e Lin Yu-ting foram excluídas do campeonato do ano passado porque, segundo a Associação Internacional de Boxe (AIB), elas falharam no teste de DNA. Em vez dos cromossomos sexuais XX, diz-se que foram detectados cromossomos sexuais XY.

Segundo um estudo, isso afeta 6,4 em cada 100.000 mulheres. Se isto for verdade, ambas as atletas seriam intersexo.

Fonte: O Antagonista

Cesar

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