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O homem que causou a morte da companheira após atear fogo no corpo dela em Rio Claro (SP) morreu na Santa Casa de Limeira (SP). A assessoria de imprensa do hospital informou nesta segunda-feira (31) que Bruno Adriano Fernandes, de 33 anos, veio a óbito no sábado (29).

O crime aconteceu na quarta-feira (19). Com 65% do corpo queimado, Pereira foi transferido de Rio Claro para Limeira na sexta-feira (28) em estado grave.

A companheira dele, Jaqueline Gomes Fratini, de 33 anos, teve 100% do corpo queimado e morreu na terça-feira (25).

O filho de 8 anos de Jaqueline, que se feriu tentando ajudar apagar as chamas do corpo da mãe, também se recupera no hospital. Ele segue internado na pediatria com estado de saúde estável.

Morte
Jaqueline havia sido transferida para a unidade de queimados da Santa Casa de Limeira na quinta-feira (20), um dia depois de ter sofrido a tentativa de feminicídio em Rio Claro.

Um dia depois, seu filho de 8 anos que se feriu tentando ajudar apagar as chamas do corpo da mãe, também foi transferido.

O crime
Casa onde mulher foi queimada pelo companheiro em Rio Claro — Foto: Ely Venancio/EPTV
Casa onde mulher foi queimada pelo companheiro em Rio Claro — Foto: Ely Venancio/EPTV

O crime aconteceu na Avenida Dois, no Jardim Progresso 2, por volta das 9h de quarta-feira. Uma testemunha disse que ouviu a mulher e a criança pedindo por socorro e chamou a emergência.

Ela percebeu fumaça na casa e decidiu, com ajuda de vizinhos, arrombar o portão. O homem foi visto tentando fugir pelo telhado.

A Polícia Militar informou que foi chamada e, no local, encontrou as equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestando atendimento ao casal e uma criança.

 

Discussão
Segundo o boletim de ocorrência, a criança relatou que o casal estava discutindo e, em seguida, o padrasto jogou gasolina no chão e acendeu um fósforo.

A criança disse que se escondeu dentro da casa e viu apenas quando sua mãe estava tomada por fogo e o padrasto tentando fugir. O menino tentou ajudar a mãe com água e também sofreu queimadura nas pernas.

Depois, ele afirmou que o padrasto deixou cair um isqueiro no chão, o qual se misturou com a gasolina da moto e incendiou a casa. A criança estava confusa e abalada. As circunstâncias ainda são investigadas.

Segundo a Polícia Civil, o tanque da moto estava aberto na garagem. A cozinha da casa estava revirada e havia marcas de sangue. A família tinha mudado para a casa há menos de 15 dias.