Moradores e pescadores de Araras (SP) acionaram a Justiça por causa da poluição do Rio Mogi Guaçu, que tem causado mau cheiro e a mortandade de peixes. O problema é antigo, segundo o presidente da Associação de Preservação e Proteção Ambiental do rio Mogi Guaçu, Antônio Carlos Pavoni.
“É um crime que está acontecendo há quase dez anos, mas agora está chegando num ponto insuportável, tá demais, a mortandade está alcançando cerca de 70 quilômetros do Rio Mogi Guaçu, exterminando todas as espécies”, afirmou.
Ele disse que tem tudo documentado e que aguarda um laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Todas as provas estão em DVD que vão ser entregues ao Ministério Público.”
Há vários anos, existe a reclamação e preocupação dos moradores com o rio e a investigação do Ministério Público sobre o assunto, mas quem tem casa nas margens ou pesca no rio dizem que nunca houve uma solução. “A água é escura, vem descendo muitas placas grandes, que se você mexe com o remo, ela cheira mau quando dissolve e o cheiro chega até o rancho”, afirmou o morador José Valter dos Santos, que tem uma casa na beira do rio, mas há muito tempo não consegue pescar nenhum peixe. Os moradores de Leme também reclamam da mortandade dos peixes e o mau cheiro do rio.
O que dizem as autoridades
Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) constataram que há depósito de esgoto nas águas do rio Mogi Guaçu, o que pode estar prejudicando a saúde dos rios como um todo.
A companhia disse que, por causa do problema enviou diversas notificações e multas para o Sistema de Água e Esgoto de Araras (Saema) por causa do problema, mas não informou a quantidade das notificações, nem os valores das multas. A Cetesb diz que as multas não foram pagas pelo Saema, que alega que entrou com recurso na Justiça.
O presidente do Saema, José Carlos Martini Júnior, disse que, atualmente, todo o esgoto em Araras é captado e a eficiência do tratamento chega perto dos 80% e que a poluição pode estar sendo causada pelo lodo acumulado nos anos em que a cidade ficou sem tratamento de esgoto.
“A gente acredita que seja coisa antiga, porque, agora, a gente está tratando 100% do esgoto e ele sai sem sólidos , então não tem nada depositando hoje no fundo do ribeirão, nem nas margens. Estamos em contato com uma universidade federal para fazer o estudo desse lodo, qual a composição dele e se há necessidade de removê-lo do ribeirão, se houver necessidade nos vamos buscar uma autorização e um apoio do DAE [Departamento de Ações Estratégicas] para fazer a remoção ou se for constatado que esse lodo vai ser degradado naturalmente, sem necessidade de intervenção, a gente vai aguardar a própria natureza fazer essa limpeza”, afirmou.
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