A melancia, uma das frutas preferidas do brasileiro, tem a comercialização proibida em Rio Claro, cidade da região central do estado de São Paulo.
A lei acabou de completar 130 anos. É de 30 de novembro de 1894 e consta do livro do tombo número 1 – o primeiro da cidade e que está no Arquivo Público e Histórico de Rio Claro.
Mas a proibição é desconhecida por quase a totalidade dos moradores da cidade e, claro, é totalmente desrespeitada.
Perigo para a saúde
A melancia tem origem nas regiões tropicais da África equatorial é rica em vitaminas C e A, além de ser fonte de cálcio, fósforo, magnésio, potássio e ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, anticancerígenas.
Mas no século 19, a fruta foi considerada um perigo para a saúde da população de Rio Claro por ser relacionada como fonte de transmissão da febre amarela.
“Na época, várias cidades do estado de São Paulo estavam sendo acometidas pela febre amarela e dizimava a população. Na busca de entender porque as pessoas morriam diversos higienistas passaram pela cidade e eles, talvez, identificaram uma causa mortis como o consumo da melancia”, explica a superintendente do Arquivo Público, Mônica Frandi Ferreira.
Até Vital Brasil, um dos maiores médicos sanitaristas do país, esteve na cidade para pesquisar mais sobre a doença e, em 1892, assinou de próprio punho seis atestados de óbito por febre amarela.
Leis mais eficientes
A ciência já comprovou que a melancia não tem qualquer relação com a transmissão da febre amarela, e sim, o mosquito Aedes aegypti, o que torna a proibição uma lei inútil. Mas para a sorte da cidade, um ano antes da proibição, leis muito mais efetivas haviam sido aprovadas.
Consta desta data dois artigos no código de posturas que, estes sim, devem ter ajudado no controle da doença:
“O que se combatia era o estado de insalubridade da cidade e existia uma relação que cada habitação estando saneada, tendo as questões de higiene atendidas, elas contribuíam para o bom estado da cidade”, disse Mônica.
Lei caiu em desuso
A proibição do consumo de comer melancia em Rio Claro nunca foi revogada e perdura por mais de um século, mas caiu em desuso que é, de acordo com Tribunal Superior Federal (TSF), a lei que não tem mais sentido para a sociedade quando não tem mais lógica de ser aplicada.
“Como essa lei está ativa, então os efeitos dela também estão ativos. Se ela prevê uma sanção, a pessoa que cometeu aquela conduta, teoricamente, deveria ser punida, mas, dificilmente, o judiciário irá punir porque vai verificar que é uma lei que caiu em desuso, não é de interesse da comunidade”, explicou o advogado Rodrigo Zambrano.
Fonte: G1
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