Após ser perseguido pela Polícia Militar na rodovia Anhanguera (SP-330), abandonar o carro e fugir por um canavial em Cravinhos, o cantor sertanejo João Vittor Malachias, de 28 anos, publicou uma nota em uma rede social na madrugada deste sábado (7), dizendo que fugiu porque ficou desesperado e que se houver um pedido de prisão contra ele, irá se entregar. A nota foi apagada em seguida. (veja abaixo a nota na íntegra). O carro foi apreendido para perícia.
As redes sociais de João Vittor, que havia diversas postagens, tem apenas duas fotos no instagram, o nome foi alterado para ojvm7 e a foto de perfil também foi alterada, agora uma imagem preta é a foto de perfil. No Facebook a conta dele segue ativada normalmente. ( https://www.facebook.com/joaovitor.malachias.5 – https://www.instagram.com/ojvm7/).
Quem possuir qualquer informação sobre o paradeiro de João Vittor deve ligar 190 na Polícia Militar, 153 na Guarda Civil Municipal ou 181 na Polícia Civil.
“Quando vi a polícia dando sinal fiquei desesperado, com medo e sai correndo, pois os posts, os comentários e as mensagens eram muitas. Então, se realmente existir um pedido de prisão, vou me entregar e continuarei ajudando em tudo para solucionar esse caso”, disse.
O ex-namorado da vítima escreveu que, desde o dia em que prestou depoimento, estava sendo ameaçado e, por isso, decidiu passar alguns dias fora de Araras. Ele ressaltou que, até a noite de sexta-feira (6), não tinha conhecimento de qualquer decisão judicial que o impedisse de deixar Araras.
Leia a nota na íntegra:
“Pessoal, a todos que estão me enviando mensagens e por toda repercussão, decidi fazer essa nota.
Desde o dia que prestei depoimento venho sendo ameaçado de diversas formas. Não podia mais sair na rua ou ficar na minha casa, pois até minha família estava correndo risco de vida.
Conforme todos sabem, o processo está em segredo de justiça e até a noite não tinha qualquer decisão judicial que impedisse minha saída da cidade de Araras. Então, tinha decidido passar alguns dias fora e caso mudasse algo no processo eu retornaria. tanto é, que levei as minhas coisas, algumas roupas, meu violão para tentar trabalhar, fui pela pista, passei pelos pedágios, pois não estava fazendo nada errado.
Fiquei sabendo do pedido de prisão através das redes sociais, já que nem meu advogado tem acesso a isso.
Quando vi a polícia dando sinal fiquei desesperado, com medo e sai correndo, pois os posts, os comentários e as mensagens eram mtas. Então, se realmente existir um pedido de prisão, vou me entregar e continuarei ajudando em tudo para solucionar esse caso”.
Perseguição e prisão temporária
Na noite de sexta-feira (6), a Polícia Militar estava em patrulhamento quando foi informada que havia um mandado de prisão temporária contra João Vittor Malachias e que ele trafegava pela rodovia Anhanguera com destino a Ribeirão Preto.
Os policiais o aguardaram no pedágio de São Simão e quando o carro passou pelo local, começaram a acompanhar o veículo e solicitaram ao condutor que parasse, mas ele não atendeu ao comando e começou a fugir em alta velocidade.
Reforços foram solicitados e começaram a perseguir o carro, que parou no canteiro central, na altura de Cravinhos. O motorista fugiu em meio a um canavial, não sendo encontrado. O veículo foi recolhido para passar por perícia.
A informação da prisão temporária foi anunciada pelo advogado Daniel Salviato, contratado pela família de Bruna para acompanhar as investigações e confirmada pelo delegado Tabajara Zuliani dos Santos.
O advogado Wagner Moraes, que representa Malachias, disse que a investigação está sob segredo de Justiça e não foi informado do mandado de prisão.
O crime
Bruna Angleri foi encontrada com o corpo carbonizado na casa onde morava em Araras, em 27 de setembro. O laudo da Polícia Civil apontou que a dentista foi violentamente agredida, tinha uma costela fraturada e foi alvejada com um tiro no rosto. Além de odontologia, ela tinha formação em psicologia e coordenava um curso de pós-graduação em uma universidade particular.
Segundo a família, em agosto, Bruna foi agredida por João Vittor que, por duas vezes, chegou a entrar em sua casa. Após o assassinato, ele se apresentou à polícia com um advogado e, durante interrogatório, negou envolvimento no crime.
Segundo o advogado da família de Bruna, o último registro dela foi quando ela passou pela portaria do condomínio, por volta das 22h da véspera do dia do crime e estacionou o carro na garagem de casa. Ela estaria chorando.
No dia do velório, foi pedido o retorno do corpo ao Instituto Médico Legal de Limeira para um novo exame.
No domingo (1º), amigos organizaram uma caminhada da praça central de Araras até a Delegacia de Defesa da Mulher, pedindo que o caso seja investigado e o assassino preso.
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